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03/07/2006
Diretor mira intercâmbio entre Harvard e o Brasil

 

A Universidade Harvard, uma das mais conceituadas do mundo, quer que os estudantes norte-americanos conheçam realidades diferentes. Para ajudar na internacionalização, abrirá neste mês um escritório em São Paulo. Segundo da América Latina (há um no Chile), será dirigido por Jason Dyett, 34. Nesta entrevista, ele explica o interesse no país e diz que brasileiros não deixarão de estudar lá por falta de dinheiro.

FOLHA - Universidades norte-americanas, como Yale e Harvard, fazem eventos e abrem seus escritórios no Brasil. Por que esse interesse?
JASON DYETT - Faz parte de uma tendência mundial. A formação internacional é cada vez mais importante para estudantes e professores. Na América Latina, que às vezes é vista como um bloco, o Brasil não tem o peso que merece, mas tende a ganhar ênfase e destaque por seu tamanho e importância.

FOLHA - Há alguma área em que Harvard esteja mais interessada?
DYETT - O interesse é aumentar vínculos em todas, mas há três de destaque: educação, saúde pública e governo, que fortalecem a sociedade.

FOLHA - O que essas três áreas têm no Brasil que chamam a atenção?
DYETT - São fundamentais para fortalecer a democracia e carecem de fundos, de oportunidades, de profissionais bem preparados. Temos de criar oportunidades para especialistas trocarem experiências.

FOLHA - O que o escritório fará?
DYETT - Harvard tem muitos estudos sobre o Brasil, queremos saber como são e em que áreas. Também desejamos descobrir o que fazem os ex-alunos brasileiros de Harvard e os de Harvard que estão aqui.

FOLHA - O escritório vai indicar instituições de pesquisas brasileiras para estudantes de Harvard?
DYETT - Sim, vamos fazer uma ponte. Dar condições para que venham ao Brasil pesquisar e mostrar quem está desenvolvendo um projeto interessante. A idéia não é oferecer cursos, mas dar apoio aos estudantes.

FOLHA - Existem muitos estudos sobre o Brasil em Harvard?
DYETT - Sim, desde estudo de línguas até pesquisas de ciências na Amazônia, passando por saúde pública.

FOLHA - Quantos alunos de Harvard estão no Brasil e quantos brasileiros estudam lá?
DYETT - Há 64 brasileiros lá registrados. E sabemos de 15 norte-americanos da graduação que fazem pesquisa ou estudam línguas aqui.

FOLHA - Com o escritório, o senhor acha que o número vai aumentar?
DYETT - Sim. Não vamos aplicar testes de admissão nem fazer seleção, mas queremos evitar que potenciais alunos, ou por falta de conhecimento ou por desinformação, deixem de procurar Harvard. Não queremos que a questão financeira seja um empecilho.

FOLHA - A universidade não vai abrir curso aqui ou fazer parceria com universidades?
DYETT - Não vamos abrir nenhum curso. As parcerias podem acontecer um dia.

FOLHA - Estudar em Harvard é caro para a maioria dos brasileiros. Quantas bolsas haverá para o país?
DYETT - Ainda não há número definido, mas serão bolsas anuais, principalmente nas três áreas de interesse. Quem conseguir entrar não deixará de ir por falta de dinheiro.

FOLHA - Qual é o maior desafio do escritório?
DYETT - Quero ver estudantes tendo a possibilidade de criar vínculos em outros países. Quero que [o escritório] mude, que abra a cabeça das pessoas, que tenham uma visão mais internacional e um relacionamento forte com o Brasil. E que alunos tenham a oportunidade de estudar em Harvard.

FOLHA - Os estudantes estão preparados para essas mudanças?
DYETT - Acho que se deve incrementar, complementar o tipo de formação que se tem nos EUA. Os EUA recebem gente do mundo inteiro, mas precisam criar o costume de sair, de ter perspectiva de morar fora do país para entender quais são as dificuldades de morar em outra realidade, para poder ter uma visão diferente e ampliar seus horizontes.

FOLHA - O que é mais difícil para um norte-americano no Brasil?
DYETT - O Brasil é muito grande, tem muita diversidade.Quando algum estudante norte-americano chega aqui, os problemas, as dificuldades, surgem rapidamente:a pobreza, o trânsito. É o que primeiro se vê, porque não estão acostumados, mas, ao longo do tempo, o calor humano e a paciência dos brasileiros são descobertas e isso é fantástico. Do inverso, o brasileiro chega nos EUA e fica maravilhado com as coisas que funcionam, com a organização, dá impressão de que a vida é mais fácil, mas daí sentem falta do calor humano e sofrem com a saudade.


Daniela Tófoli
As informações são da Folha de S.Paulo.

Serviço:
Centro David Rockfeller para Estudos Latino-Americanos , da Harvard. http://drclas.fas.harvard.edu
Fone: (617) 495 - 0514


   

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