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OPORTUNIDADES
04/11/2004

Esporte dá novas perspectivas a jovens da periferia de Fortaleza

FORTALEZA (CE) - Desde 2001, a comunidade resolveu trabalhar para criar oportunidades para crianças e adolescentes em situação de risco. Estava formado o Conselho Nova Vida, que atua nos Conjuntos Santa Filomena, Nova Perimetral e Palmeiras e atende a 750 pessoas (entre jovens e adultos), desenvolvendo projeto com esporte.

Na sua maioria, adolescentes que não tiveram condições de continuar os estudos e muito menos conseguir um espaço no mercado de trabalho. F.R.P., 16 anos, é um exemplo do alvo fácil que se tornam esses jovens, quando não possuem uma estrutura familiar, orientação educacional, assistência à saúde e alimentação adequada.

Parou os estudos na 3ª série do ensino fundamental e trabalha com o tio numa borracharia. Antes de conhecer o projeto de futebol do Conselho Nova Vida, foi chamado por um homem para ‘‘passar’’ drogas.

O colega de F.R.P., 19 anos, trabalhou como gazeteiro durante seis anos, mas o vício do crack o afastou do emprego. Ele confessa que já usou maconha, cola e ‘‘loló’’ e para o tratamento pelo uso do crack terá de ficar seis meses tomando uma forte medicação e não se expor ao sol nem ao sereno. Em comum, os dois têm a experiência de já terem tido contato com arma de fogo, embora não as tenham utilizado. ‘‘Um rapaz pediu pra eu guardar lá em casa, mas nunca usei’’, diz F.R.P.

Recomeço
As atividades da escolinha de futebol são coordenadas pelo ex-jogador Paulo Uchôa, que convive bem de perto com as dificuldades enfrentadas na comunidade. ‘‘Essa região era uma das mais violentas em Fortaleza. Muita coisa mudou, mas é um trabalho difícil. Alguns já estão envolvidos no crime, que acho complicado voltarem a uma vida normal’’, conta Paulo, que já recebeu vários convites para ser treinador de clubes de futebol, mas seu sonho é continuar orientando os jovens do projeto.

Há cinco anos, sempre no mês de janeiro, acontecem as Olimpíadas pela Paz, um evento que consegue, apenas com o apoio dos moradores, reunir cerca de mil atletas de todas as idades, em várias modalidades esportivas. O projeto conta com a parceria da ONG Visão Mundial.

Menores
A Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) atende uma média de 113 casos por ano de menores com porte ilegal de arma. Nos últimos três anos, houve um crescimento de 25%, segundo o Departamento de Polícia Especializada. Segundo a delegada adjunta da DCA, Pavlova Targino, a maioria dos menores que chegam à DCA possuem pouca escolaridade, têm entre 12 e 17 anos, são pobres e reincidentes.

As informações são do Diário do Nordeste, de Fortaleza - CE.

 
 
 

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