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10/10/2003
Projeto aproxima a Justiça do cidadão

O projeto "Justiça se aprende na escola", promovido pela Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) em parceria com o Tribunal de Justiça, está completando dez anos com resultados expressivos. Mais de 70 mil estudantes paranaenses já passaram por alguma das atividades do programa, tal como a simulação de júris em que as próprias crianças são os juízes, advogados de defesa, promotores e jurados. O projeto pretende aproximar a Justiça da população para conscientizar os futuros cidadãos sobre seus direitos e sobre o funcionamento do Poder Judiciário.

"Há alguns estudos que mostram que nós, operadores do Direito, falamos uma linguagem complicada, que o cidadão não compreende. Assim, gradativamente as pessoas se afastam da Justiça", diz o presidente da Amapar, juiz Roberto Portugal Bacellar. Isso, segundo ele, faz com que o cidadão vá procurar resolver seus problemas por outros meios, o que representa um perigo para uma sociedade democrática, pois as leis passam a não serem observadas.

Com a aproximação da Justiça Oficial do cidadão comum, desde a infância, esse risco é reduzido. "Nosso trabalho é de longo prazo, é educativo", diz Bacellar. O "Justiça se aprende na escola", além da simulação de julgamento no Tribunal do Júri, ainda disponibiliza para as crianças gibis e fitas de vídeo educativos e promove palestras com juízes e a apresentação de peças de teatro para que os estudantes tomem contato com o funcionamento da Justiça e aprendam quais são seus direitos.

No próximo domingo, a Gazeta do Povo publica, em parceria com o Colégio Bom Jesus, o quarto caderno da Coleção Valores Humanos, que aborda justamente o tema "Justiça". No suplemento, vão estar expostos diversos conceitos do que é a Justiça e também será discutido, entre outros assuntos, o risco de as pessoas decidirem suas pendências com as próprias mãos, à revelia do Poder Judiciário.

Serviço: informações sobre o projeto "Justiça se aprende na escola" podem ser obtidas pelo telefone (41) 254-7229 (falar com Claudete ou Silmara).

 

Fernando Martins
Do jornal Gazeta do Povo, de Curitiba-PR.

 
 
 

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