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Como não conseguir um emprego

Há tempos uma pesquisa não me impressionava tanto: 180 mil universitários disputaram 872 vagas de trainee e estágio em empresas brasileiras. A debilidade educacional dos candidatos fez com que se realizassem várias repescagens até o preenchimento das vagas. Mesmo assim, não conseguiram preenchê-las totalmente.

O mercado está mais exigente e as escolas não estão conseguindo acompanhar esse ritmo; essa é a leitura tragicamente óbvia para jovens da elite e da classe média.

Imagine, então, a dificuldade para os mais pobres. Aí está o grande desafio do programa "Primeiro Emprego", lançado pelo presidente Lula. Menos a falta de emprego e mais a capacidade de mantê-lo. O risco é ser o primeiro e último emprego do jovem, incapaz de se reciclar por falta de base educacional.

Ao analisar as demandas das empresas que receberam os 180 mil currículos, a pesquisa mostra que a sobrevivência profissional depende que o indivíduo tenha não só uma sólida base escolar, mas uma rede permanente de aprendizado - e, mais, uma atitude de reverência ao conhecimento.

Se as pessoas acreditam que o problema da terra é explosivo, esperem para ver o grau de irritação do jovem de classe alta ou média que estudou, fez faculdade, e está desempregada ou subempregada. Ou, como se viu no Rio, tem diploma de ensino superior e se candidatou a uma vaga de gari.

 
 
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