Otimismo
deu lugar ao pessimismo
Todo aquele otimismo detectado entre as indústrias
no início do ano foi por água abaixo. O que se viu,
nos últimos três meses, foi o desânimo total
no meio industrial. Das 1.190 empresas consultadas, 49% consideram
a situação dos negócios fraca para esta época
do ano, quando deveria começar um aumento de produção
por causa das vendas de fim de ano. É o pior resultado desde
1995.
“Há um desapontamento da indústria
com relação à grande expectativa criada com
o espetáculo do crescimento. Parece que os empresários
esperavam uma retomada mais rápida”, avalia Aloisio
Campelo, que coordenou o estudo pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV). No primeiro trimestre, 44% dos empresários
previam melhores resultados para os seis meses seguintes e apenas
9% deles se mostravam pessimistas; agora, 32% apostam em melhora,
mas 27% já acham que a situação ficará
pior.
A pesquisa foi feita com empresas que faturam, anualmente,
mais de R$ 300 bilhões, ou seja, quase um terço do
Produto Interno Bruto (PIB). Elas empregaram, no ano passado, 980
mil trabalhadores em 25 estados. “O descolamento não
é raro de ocorrer, mas a magnitude surpreendeu e mostrou
que a expectativa dos empresários não correspondeu
à economia real”, disse Campelo que considerou “perdido”
o primeiro semestre do ano. “O terceiro trimestre também
está, de certa forma, comprometido.”
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- Pessimismo
na indústria é o maior desde 95
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