250
mil imigrantes trabalham como escravos na Espanha, revela ONG
Dos cerca de
3,5 milhões de imigrantes ilegais que estão na Europa,
250 mil trabalham sob condições de semelhantes a de
escravidão na Espanha, segundo relatório apresentando
pela organização não-governamental Cecra (Coalizão
Espanhola contra o Racismo, a Xenofobia e a Discriminação).
De acordo com
o estudo, a maioria dos imigrantes ilegais é latino-americana
e trabalha com serviços domésticos, na prostituição,
na agricultura ou na indústria têxtil. Na maioria dos
casos, os patrões são pessoas em boa situação
econômica e também cultural.
Enquanto os
imigrantes vivem em condições sub-humanas na Europa,
a América Latina registrou nos primeiros nove meses deste
ano o pior índice de desemprego em 22 anos. Segundo a Organização
Internacional do Trabalho, 9,2% da população economicamente
ativa, o que equivale a 17 milhões de pessoas, estão
sem emprego. E, aponta o levantamento, os que estão empregados
ganham hoje um salário menor do que o registrado em anos
anteriores.
Leia
mais:
- 250 mil imigrantes são "escravos modernos"
na Espanha, acusa ONG
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250
mil imigrantes são "escravos modernos" na Espanha,
acusa ONG
Cerca de 250
mil imigrantes ilegais trabalham sob condições de
"escravidão" na Espanha, afirmou ontem a Cecra
(Coalizão Espanhola contra o Racismo, a Xenofobia e a Discriminação).
Dos 30 milhões
de imigrantes ilegais que trabalham como "escravos modernos"
no mundo, 3,5 milhões estão na Europa e 250 mil, na
Espanha, disse o porta-voz da ONG, Carlos Ferreyra.
Segundo ele,
a maioria dos imigrantes ilegais é latino-americana e trabalha
com serviços domésticos, na prostituição,
na agricultura ou na indústria têxtil. "Seus donos
são quase sempre pessoas em boa situação econômica
e cultural", afirma uma nota à imprensa da Cecra.
A ONG recomendou
às autoridades atuar "de maneira apropriada" contra
o tráfico de seres humanos, que é "a fonte da
presença de escravos modernos em solo espanhol". Ferreyra
disse ainda que, "na Espanha, a luta contra o racismo não
tem a ver apenas com a imigração", pois também
está relacionada aos cidadãos espanhóis negros,
de origem latino-americana e asiática ou de religiões
não-cristãs, além de ciganos.
"Mais de
3 milhões de cidadãos espanhóis de todas as
idades se vêem privados de exercer sua cidadania plena por
causa da existência de um forte racismo institucional",
afirmou.
A Espanha está
"sensivelmente atrasada" na aplicação de
diretivas da União Européia sobre o assunto, disse
Ferreyra, que pediu ao governo espanhol que assuma um plano de ação
"sério para acabar com o forte racismo institucional
que existe".
(Folha de
S. Paulo - 10/12/02)
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