Empresários
brasileiros assumem que pagam propina
Suborno, propina,
gorjeta. Cerca de metade das empresas brasileiras já se viram
"obrigadas" a fazer algum tipo de "contribuição"
a políticos e servidores públicos em geral para tirar
algum tipo de vantagem. Um trabalho realizado em conjunto pela consultoria
Kroll e pela organização não-governamental
Transparência Brasil revela que 48% das empresas já
se sentiram forçadas a pagar algum tipo de pedágio
para participar de licitações ou para escapar do pagamento
de impostos.
A cobrança
de propina acontece em todas as áreas avaliadas pela pesquisa,
com destaque negativo para "permissões e fiscalizações",
"polícia" e "licitações públicas".
Para os empresários ouvidos, policiais e fiscais tributários
são os agentes púbicos com "maior probabilidade"
de cobrar propinas. Os parlamentares aparecem um quarto lugar na
lista dos mais corruptos, atrás dos funcionários responsáveis
pela liberação de permissões.
O estudo também
revela que 70% das empresas já se sentiram obrigadas a contribuir
para campanhas eleitorais. Mais da metade delas (58%) afirmou claramente
ter ouvido do político a promessa de receber alguma vantagem
em troca.
Longe de chocar,
corrupção é até vista como normal em
alguns casos. Essa prática, apesar de ilegal, é aceita
por 33% das empresas ouvidas (um terço). Entre os empresários
do setor de serviços, esse percentual passa para 40%.
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