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Dia 12.12.02

 

Indexação salarial cria pânico em centrais sindicais

Os dirigentes das centrais sindicais já estão desfraldando bandeiras contra uma possível volta de mecanismos de reindexação salarial que reponham perdas provocadas pela inflação. Eles acreditam que a inclusão de gatilhos salariais e outros instrumentos nos acordos coletivos serviria para realimentar a inflação como no passado.

Tudo isso se deve à escalada da inflação nos últimos meses, que tem provocado apreensão no movimento sindical. Alguns sindicatos têm indicado que pretendem discutir o assunto com as empresas, mas até agora nenhum acordo foi assinado. "Não queremos gatilho nem política salarial imposta pelo governo", chegou a dizer o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva.

Dirigentes das centrais se reuniram ontem em São Paulo para dar mais um passo na construção de propostas de consenso para as reformas previdenciária, tributária e trabalhista. Eles decidiram organizar um seminário para definir as propostas que pretendem apresentar ao governo em fevereiro. Afinal, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva criará um Fórum Nacional do Trabalho em que governo, empresários e trabalhadores discutirão a reforma da legislação trabalhista e da estrutura sindical.

Leia mais:
- Centrais sindicais rejeitam volta de mecanismos de indexação salarial

 

 
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Centrais sindicais rejeitam volta de mecanismos de indexação salarial

Dirigentes das centrais sindicais manifestaram ontem oposição à volta de mecanismos de reindexação salarial que reponham perdas provocadas pela inflação. Eles acreditam que a inclusão de gatilhos salariais e outros instrumentos nos acordos coletivos serviria para realimentar a inflação como no passado.

"Falar nisso agora é ressuscitar um processo que ninguém mais quer ver", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício. "Se a inflação passar de dois dígitos, vamos discutir o que fazer, mas não tem sentido debater isso agora."

"Não queremos gatilho nem política salarial imposta pelo governo", afirmou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva. "Continuaremos negociando com os patrões a reposição da inflação, mas a volta da reindexação não interessa a ninguém", disse o presidente da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), Antônio Carlos dos Reis.

A escalada da inflação nos últimos meses tem provocado apreensão no movimento sindical, mas as manifestações a favor da volta de mecanismos de indexação salarial têm sido raras. Alguns sindicatos têm indicado que pretendem discutir o assunto com as empresas, mas até agora nenhum acordo foi assinado.

A volta da inflação poderá representar um importante foco de conflito entre o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e os sindicatos se os preços continuarem subindo nos primeiros meses do seu governo. Ela colocaria as centrais sindicais numa situação muito delicada, num momento em que elas têm encontrado dificuldade para pôr de lado suas divergências e ocupar espaço como interlocutoras do novo governo.

Dirigentes das centrais se reuniram ontem em São Paulo para dar mais um passo na construção de propostas de consenso para as reformas da Previdência, tributária e trabalhista. Eles decidiram organizar um seminário de dois dias em janeiro para definir as propostas, que pretendem apresentar ao governo em fevereiro.

Lula pretende criar depois da posse um Fórum Nacional do Trabalho em que governo, empresários e trabalhadores discutirão a reforma da legislação trabalhista e da estrutura sindical. Também haverá lugar para os sindicatos no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social que Lula lançou há um mês.

Pela primeira vez desde a década de 80, as centrais sindicais têm se esforçado para definir em conjunto as posições que os sindicatos levarão a esses fóruns. "Vamos discutir todos os temas e buscar consensos", afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, ligada à CUT, Heiguiberto Della Bella Navarro. "Não podemos desperdiçar a chance de dialogar e influir nas decisões do novo governo."

Ainda é cedo para saber se as centrais conseguirão chegar a um acordo. Elas ainda não começaram a discutir os detalhes de suas propostas, e divergências profundas têm se manifestado sempre que seus dirigentes expõem seus pontos de vista.

Um ponto sensível é a estrutura sindical. A CUT quer o fim do imposto sindical obrigatório, mudanças na gestão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e liberdade para criar sindicatos na base de entidades rivais. As outras centrais são contra.

(Valor Econômico - 12/12/02)

 

 
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