Fortalecimento
de cooperativas de crédito incomodam bancos
A determinação
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para encontrar formas
de fortalecer as cooperativas de crédito trará à
tona uma rivalidade com as instituições financeiras.
Apesar de nada estar oficializado ainda, as reivindicações
das cooperativas de ampliar sua atuação por meio da
regionalização está incomodando os bancos,
que são contra a medida.
Para Paul Singer,
professor da USP e indicado para a Secretaria de Economia Solidária
no Ministério do Trabalho, o governo Lula tem um compromisso
com a idéia de as cooperativas se tornarem uma alternativa
aos bancos. A avaliação é que usando o cooperativismo,
o governo conseguirá empurrar para baixo os juros acima de
160% ao ano que são cobrados, em média, pelo cheque
especial e de mais de 93% ao ano pelo crédito pessoal.
Como o foco
das cooperativas não está no lucro, a aposta é
que a maior participação delas no crédito obrigue
os bancos a diminuírem margens sob risco de perderem os clientes.
No Brasil, embora o número de cooperativas de crédito
tenha crescido 51% de 1994 a 2002, passando de 946 entidades a 1,428
mil, elas representam uma parcela ínfima do volume de crédito
no país: 1,64%.
Para apoiar
essas iniciativas, o governo está tomando como base os exemplos
que tiveram êxito mundo afora. Berço do cooperativismo,
a Alemanha possui o gigante DG Bank, com ativos de 600 bilhões
de euros (R$ 2 trilhões). Já o BankBoston nasceu de
uma cooperativa de exportadores e importadores no fim do século
XVIII.
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