INTERVENÇÃO
16/07/2007

Projeto é lançado para aumentar o espaço público e diminuir a violência

João Batista Jr.


Uma parceria entre o setor privado e o terceiro setor promete aumentar a segurança em bairros violentos da cidade de São Paulo com uma fórmula interessante: aumentar o espaço de convivência das comunidades. Procurado pela seguradora SulAmérica, o Instituto Sou da Paz desenvolveu o projeto Praças da Paz, o qual vai intervir em áreas carentes propondo áreas de lazer e participação da população em locais até então abandonados.

Os distritos que ganharão praças são Jardim Ângela (Zona Sul), Brasilânida (Zona Norte) e Lajeado (Zona Leste). A escolha dos bairros deve-se ao fato de terem as piores avaliações no Índice de Vulnerabilidade Infantil. De acordo com o Seade, as três áreas pertencem ao Grupo 5 (mais de 65 pontos), o mais alto de acordo com o ranking elaborado pela instituição.

“Toda intervenção é bem vinda”, diz Denis Mizne, diretor executivo do Instituto Sou da Paz. “A abertura de uma Casas Bahia no Jardim Ângela, por exemplo, ajudou a acelerar o ciclo de desenvolvimento econômico da área". Para ele, as Praças da Paz também têm o poder transformador.

Antes do projeto ser implantado, será realizada uma pesquisa com a comunidade local para detectar as maiores necessidades de lazer e as modalidades de esporte que devem ser priorizadas no espaço a ser constrúido. “São eles quem irá decidir se terá pista de skate ou quadra de futebol”.

“Hoje os locais onde se instalarão as praças são tratados como espaço de ninguém, com abandono por parte do poder público e das comunidades. As pessoas têm medo de passar por eles quando voltam do trabalho e os espaços são perfeitos para que haja tráfico de droga”, avalia Mizne.

Propósito
Com experiências bem-sucedidas no combate à violência, o diretor do Instituto Sou da Paz acredita que a praça deva transformar os bairros positivamente. “A partir de uma referência física, tem-se um movimento que se expande para outros setores. O projeto é uma nova maneira de construir uma sociedade que saia da lógica de se esconder para ganhar o espaço para os cidadãos”. A praça do Lajeado terá 2.275 m2, a do Jardim Ângela 3.000 m2 e da Brasilândia 6.500 m2. O valor dos três projetos é de R$ 2,5 mi.

A proposta do projeto prevê quatro estágios de execução: implantação, desenvolvimento e consolidação da gestão participativa, suporte aos grupos mobilizados e monitoramento. Depois dos quatro anos previstos para a conclusão de todas as etapas, o trabalho do Instituto Sou da Paz e da SulAmérica se encerra. “A garantia do sucesso está na maneira como se faz a intervenção. Se a comunidade se apropria, o lugar se torna seguro”.

   
 
   
 

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