Idesp
17/05/2008

Diretor explica por que Escola de Aplicação da USP não obteve boa colocação no Idesp

Erika Vieira


Avaliada com baixo desempenho no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), a Escola de Aplicação da USP é um reflexo das dificuldades pelas quais passam as instituições de ensino da rede pública do Estão de São Paulo. “Enfrentamos os mesmos problemas que as outras escolas. Também temos falta de professores, por exemplo”, diz Vanderlei Pinheiro Bispo, diretor da Escola de Aplicação.

O índice avaliou as escolas em uma escala de 0 a 10 nas disciplinas de português e matemática. As notas da Escola de Aplicação são: 5,30 da1º a 4º série do ensino fundamental, 4,33 da 5º a 8º série do ensino fundamental e 3,07 da 1º a 3º série do ensino médio. Se colocarmos esses números em um ranking as posições alcançadas são: 32º lugar para a 4º série do ensino fundamental, 53º posição referente a 8º série do ensino fundamental e 42º lugar para a 3º série do ensino médio.

De acordo com o diretor, um dos fatores para o baixo desempenho pode ser explicado pela falta de professor justamente na disciplina de matemática. “Desde o começo do ano estamos com seis professores a menos e ainda não foram contratados.” Outro ponto que ele julga relevante é a maneira como a prova foi aplicada. “Fomos informados da prova uma semana antes, por isso como estávamos em período de recuperação não tivemos tempo de avisar todos os alunos para fazerem a prova.”

O cálculo de avaliação do Idesp classifica os alunos em quatro níveis: abaixo do básico, básico, adequado e avançado. Sendo que a defasagem da escola varia entre zero (quando todos os alunos estão no nível avançado) e três (quando todos os alunos estão no nível abaixo do básico). Por causa disso, Pinheiro Bispo explica que a porcentagem de estudantes que ficaram acima do nível avançado acabou sendo desprezada. Em rendimento avançado a Escola de Aplicação apresenta na 4º série 17% em português e 11,3% em matemática, já na 8º série 17% na primeira disciplina e 7% na segunda. Enquanto que os da 3º série do ensino médio pontuaram apenas em matemática com 29%, e zerando em língua portuguesa.

O diretor considera que instrumentos externos como o Idesp ajuda a escola a enxergar com está inserida na sociedade e a repensar seus métodos de ensino. ”Também temos dificuldades em definir um Projeto Político Pedagógico que esteja conectado com a sociedade, em despertar e motivar os alunos. Acho que estamos fracassando nisso”, diz.

Apesar dos problemas, Bispo Pinheiro ressalta que a Escola de Aplicação possui ferramentas importantes para a disponibilidade de educação de qualidade. Como a possibilidade de trabalhar com projetos coletivos com a comunidade USP, laboratórios e bibliotecas bem equipados e a baixa evasão de alunos, que mantém os mesmos estudantes na instituição desde a primeira série do fundamental até o último ano do ensino médio.

   
 
   
 

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