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19/03/2004
Estudo mostra que 80% da riqueza de SP está num raio de 100 km da capital

SÃO PAULO - Estudo do Núcleo de Economia Social, Urbana e Regional da Unicamp revela que 80% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado estão concentrados em apenas 17% do território paulista, num raio de 100 quilômetros da capital. Trata-se do chamado Complexo Metropolitano Expandido (CME), que engloba cerca de 100 cidades das regiões de São Paulo, Campinas, Baixada Santista, Vale do Paraíba e Sorocaba.

O trabalho "Reflexões e Perspectivas para o Desenvolvimento Paulista", feito a pedido da Assembléia Legislativa de São Paulo, foi divulgado nesta quinta-feira no Fórum Legislativo de Desenvolvimento Econômico Sustentado. Só nas três principais regiões metropolitanas paulistas (São Paulo, Campinas e Baixada Santista), onde vivem 58,6% dos cerca de 40 milhões de habitantes do estado, estão concentrados 63,2% do PIB estadual.

O PIB paulista em 2000, que representou 33,67% do PIB nacional, foi de R$ 370 bilhões, de acordo com informação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, nas três regiões metropolitanas são gerados R$ 234 bilhões anualmente.

A região identificada como Complexo Metropolitano Expandido, além de possuir elevado nível de riqueza, tem bons indicadores sociais, como um maior número de pessoas com escolaridade elevada e maior expectativa de vida. Já no Vale do Ribeira e em algumas áreas do oeste do estado, onde estão localizados 114 dos 645 municípios de São Paulo, são encontrados os piores índices sociais e econômicos. Nessa região, moram 5,5% dos paulistas.

O professor da Unicamp Rinaldo Fonseca, um dos que coordenaram o estudo, afirma que o relatório organiza os problemas enfrentados pelo estado, principalmente a desigualdade econômica entre uma região e outra, para o governo agir com mais precisão, "apresentando realidades e tendências sobre as quais é necessário refletir". Uma das ações apontadas por Fonseca para alavancar o desenvolvimento regional é o investimento em infra-estrutura de grande porte.

Para ele, este tipo de investimento pode melhorar a competitividade da exportação paulista e disseminar o desenvolvimento econômico para o conjunto do estado. Entre os exemplos estão as cidades de São Carlos e Araraquara, que abrigam indústrias de tecnologia aeronáutica; e Ribeirão Preto, com indústrias de equipamentos médicos.





ROBERTO SAMORA
do Globo Online

   
 
 
 

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