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solução
23 /10/2006
Projetos diminuíram falta dos professores e indisciplina

Os prédios são bonitos, bem conservados, os professores vão trabalhar com gosto, os estudantes, como sempre, têm lá suas reclamações, mas demonstram afetividade para com a escola. E tudo isso acontece na rede pública.

As Emefs (Escolas Municipais de Ensino Fundamental) Presidente João Pinheiro, na Vila Matilde, zona leste de São Paulo, e Amorim Lima, na zona oeste, optaram por mudar a metodologia de ensino para solucionar dois problemas: a falta de comprometimento de alguns professores e a indisciplina de parte dos alunos.

A mudança na Amorim Lima aconteceu há três anos, quando os pais e a escola decidiram acabar com as salas de aula de segunda até a oitava séries e instituir a figura dos tutores, que orientam os estudantes.

A sala de aula virou um grande salão com diversos grupos que, a cada pouco, vão fazer pesquisas nos computadores para solucionar os problemas.

A diretora, Ana Elisa Siqueira, conta que a participação dos pais é enorme. "A comunidade é diversificada. Como a escola fica perto da USP, há pais que fazem mestrado e há os que têm escolaridade menor."

"O que a gente sentia é que era tudo muito acomodado. Com a entrada da comunidade na escola, as questões começaram a ser discutidas. No início, um dos problemas era os professores faltosos. E isso mudou", conta Regina Carmen Chaves, 50, que tem um filho na oitava série e outro que já concluiu o ensino fundamental.
Na João Pinheiro, da zona leste, os estudantes sofriam um impacto ao ingressar na quinta série. Trocavam o professor fixo dos primeiros anos do ensino fundamental por uma gama de docentes, em aulas curtas. O resultado era a indisciplina e a rejeição aos que lecionavam.

No entanto, esse era o retrato até 1984. Desde então, optou-se por adotar um professor só. Para ter esse "superdocente", há reuniões de estudo, resolução de exercícios e planejamento. "A criança é acolhida e o índice de evasão é mais baixo", diz a diretora, Aparecida Inocência dos Santos.

Em ambos os casos, as escolas obtiveram notas próximas à média do país na Prova Brasil, avaliação realizada pelo Ministério da Educação.

As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

   
 
 
 

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