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salário
24/11/2004
Lula pede solução para dar o maior aumento possível ao mínimo em 2005

BRASÍLIA. Preocupado com a repercussão negativa e com o desgaste político que sofreu este ano, diante da impossibilidade de cumprir a promessa de dobrar o salário-mínimo até o fim do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já avisou aos ministros da coordenação política de governo que quer o máximo possível de reajuste para o mínimo no ano que vem. A ordem foi dada numa reunião anteontem, da qual participaram, entre outros, Antonio Palocci ( Fazenda), José Dirceu (Casa Civil) e o vice-presidente José Alencar.

Na reunião, o presidente considerou que o valor de R$ 283, que está previsto no Orçamento para o ano que vem, pode ser aumentado e pediu o esforço de todos para que, dentro da responsabilidade fiscal, se possa aumentar o mínimo mais do que isso.

“O máximo que se puder dar será dado”
O presidente lembrou aos ministros que, em maio deste ano, quando teve que bater o martelo no salário de R$ 260, viveu um dos períodos mais desgastantes do seu governo e que, em 2005, não gostaria de passar pela mesma angústia. Por isso, o presidente quer que a definição do novo valor seja feita agora, juntamente com a aprovação do Orçamento do ano que vem.

No Congresso, onde já começa a esquentar a discussão do Orçamento, o relator Romero Jucá (PMDB-RR), um dos parlamentares da base mais afinados com o Palácio do Planalto, já pediu aos consultores da Câmara que descubram recursos para o reajuste do mínimo. Nem o presidente Lula nem o relator falaram sobre valores, mas os mais entusiasmados no Congresso já falam em R$ 300.

" O máximo que se puder dar será dado", disse Jucá.

Segundo cálculos dos consultores de Orçamento, caso o salário-mínimo passe dos previstos R$ 283 para R$ 290, os gastos da Previdência aumentariam em R$ 927 milhões no ano que vem. Se subir para R$ 300, os gastos da Previdência aumentariam em R$ 2,2 bilhões.

“Orçamento de 2005 tende a ser relativamente contido”
Mesmo defendendo um salário-mínimo maior, Lula reconheceu que o Orçamento do ano que vem está muito apertado e não dará folga para grandes gastos. Ele pediu aos presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), cautela em relação aos gastos.

"O presidente apresentou a mim e ao presidente Sarney as preocupações do governo em relação ao Orçamento, no sentido de que o Congresso tivesse um certo cuidado ao trabalhar as receitas e as despesas. Porque o Orçamento do ano que vem tende a ser relativamente contido e todo cuidado é pouco", afirmou João Paulo Cunha depois do encontro com Lula.


VALDEREZ CAETANO
do jornal O Globo

   
 
 
 

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