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03/02/2004
Viação perde contrato por não renovar frota

Apenas seis meses depois da conclusão da licitação do novo sistema de transportes de São Paulo, a prefeitura já teve de rescindir o contrato com um dos oito consórcios de ônibus vencedores.

A empresa descredenciada, a SPBus, havia ganho a área 4, responsável pela zona leste (que inclui Vila Matilde, Parque do Carmo e Cidade Tiradentes).

De acordo com o secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, o consórcio não cumpriu as metas de renovação da frota previstas no edital de licitação. "O empresário não comprou nenhum ônibus novo, e os que estavam em operação tinham pneus carecas, colocando em risco a vida da população", disse. Pela regra, a SPBus tinha de comprar 150 ônibus.

A concessão tinha prazo de dez anos e foi decidida em julho de 2003. A licitação, que se arrastou por dois anos, teve valor total de R$ 12,3 bilhões. Os vencedores foram praticamente os mesmos que operavam antes, pois quase não houve concorrência.

Com o descredenciamento da SPBus, os outros sete consórcios vão assumir a área em um primeiro momento, o que despertou no setor o temor de que os empresários José Ruas Vaz e Belarmino Marta ampliem ainda mais seus domínios sobre o sistema. Atualmente, os dois já são responsáveis por cerca de 50% dos 10 mil ônibus da capital paulistana.

O secretário Tatto afirmou que "provavelmente" será feita uma nova licitação para essa área da zona leste, depois de um determinado prazo.

Tatto afirmou que foram realizadas duas vistorias na SPBus em janeiro, uma no começo e outra no final do mês. Na primeira, apenas um ônibus foi aprovado, entre 283 analisados. Na segunda, ainda havia 200 veículos fora das regras, de uma frota de 670.

O secretário disse que, desde o final de semana, foram colocados para rodar nessa região 200 ônibus novos e outros 95 semi-novos (produzidos de 2001 em diante).

"O empresário entrou na licitação, cumpriu todos os procedimentos do ponto de vista legal e tinha um prazo para renovar. Ele achava que ia continuar tudo como era antes. Até porque tinha um contrato a longo prazo, ficou ganhando tempo, não sei o que passava pela cabeça dele."

Além de não renovar a frota, a empresa não cumpria as viagens programadas, segundo a prefeitura. Pelos dados de Tatto, a SPBus fazia apenas 83% das partidas combinadas.

A assessoria de imprensa do SP Urbanuss (sindicato das empresas de ônibus) afirmou que não iria se manifestar. A Folha não conseguiu ouvir a SPBus.

As informações são da Folha de S. Paulo.

 
 
 

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