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translação
26/11/2004
Prefeitura tira R$ 65 mi de projetos para pagar União

A Prefeitura transferiu ontem R$ 65 milhões de projetos de recuperação do centro, mutirões habitacionais e da Guarda Civil Metropolitana, entre outros, para pagar a parcela deste mês de cerca de R$ 110 milhões da dívida do Município com a União. A transação foi oficializada com a publicação ontem no Diário Oficial. O pagamento tem de ser feito até o dia 30. A dívida total da Prefeitura é de R$ 29,3 bilhões.

Os programas de reabilitação da região central foram os mais afetados. Perderam quase R$ 21 milhões que estavam reservados para a implantação do Museu da Cidade, na antiga sede da Prefeitura, e do museu da Casa das Retortas, além de obras em geral de requalificação do espaço público. O dinheiro era a contrapartida da Prefeitura para o projeto Ação Centro em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). "É evidente que significa um prejuízo ao centro. O dinheiro está sendo remanejado porque não foi usado e é preciso saber quais essas razões", disse o presidente da Associação Viva o Centro, Marco Antônio Ramos de Almeida.

A Secretaria Municipal de Finanças informou que o remanejamento foi feito porque o empréstimo do BID não veio em sua totalidade e, portanto, a parte do Município não foi investida. De R$ 160 milhões, apenas R$ 28,3 foram repassados, segundo a pasta.

No entanto, a realocação de recursos não ficou restrito aos projetos vinculados ao BID. Na habitação, por exemplo, foram remanejados R$ 12,2 milhões previstos para mutirões. Um deles, o Cohab Barro Branco, na zona leste, teve sua verba de R$ 200 mil zerada.

A área de segurança pública também perdeu recursos. Foram R$ 9 milhões que estavam destinados para reforma e manutenção de prédios, combustível e construção de bases comunitárias. Esta perdeu toda a verba de R$ 2,7 milhões. Outros R$ 21 milhões saíram de programas de incentivo para o centro e despesas de exercício anteriores.

Em relação à retirada de recursos dessas áreas, a secretaria alegou que os valores estavam congelados desde o início do ano.


SILVIA AMORIM
do jornal O Estado de S. Paulo

 
 
 

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