São Paulo, domingo, 13 de maio de 2001


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O MEDO DA COMIDA AO REDOR DO MUNDO

Pilhas de panfletos em açougues

EM DUBLIN

Os balcões dos açougues de Dublin (República da Irlanda), bonitos, organizados e com cara de butique chique, são decorados tradicionalmente com generosas postas de carneiro, boi, porco e frango.
Nos últimos tempos, ganharam um item a mais: uma pequena pilha de panfletos com o título "A Verdade Sobre a Febre Aftosa". Numa folha impressa em frente e verso, com perguntas e respostas, o governo irlandês tenta tranquilizar consumidores sobre a segurança da carne.
"Febre aftosa é uma questão de saúde animal, não um problema de saúde pública", diz a primeira frase do documento. Embora não haja um clima paranóico, nem todo mundo acredita nessa informação.
O escritor irlandês Alan Glynn, 41, diz que a crise da febre aftosa "consolidou" sua mudança de hábitos alimentares, que havia começado alguns anos antes, a partir de leituras sobre os riscos dos transgênicos e da comida industrializada. "Não sou vegetariano, mas tenho procurado uma alimentação mais saudável, sem aditivos e conservantes."
A estudante japonesa Keiko Uemura, 20, antes de chegar à cidade estava preocupada. "Eu pensava que não poderia comer carne de vaca nem de porco, só frango." Mas a família onde está hospedada come de tudo, e ela faz o mesmo. "Hoje não ligo mais."
(ARMANDO PEREIRA FILHO)


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