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ALEMANHA
A onda "bio" e o gosto do avestruz
FREE-LANCE PARA A FOLHA, DE BERLIM
A estilista alemã Ute
Alberty, 38, já não comia
carne. Desde a crise da
vaca louca, porém, ela
não prepara nenhum tipo de carne nem para os
seus filhos. "Carne eles
comem na casa dos outros, quando têm vontade", afirma.
Nos almoços, o cardápio dos Alberty é formado basicamente por legumes e verduras,
acompanhados de arroz
ou batata e salada.
Alberty compra os alimentos principalmente
nos chamados mercados "bio" (orgânicos).
Estes vendem produtos
de pequenos criadores e
agricultores que dispensam nas suas fazendas o
uso de qualquer produto químico.
Desde a crise da vaca
louca e da aftosa, o mercado "bio" cresce na
Alemanha. Nunca esteve tão em moda fazer
compras nas lojas "bio",
que aqui vendem desde
alimentos até roupas. Os
açougues "bio", por
exemplo, duplicaram
suas vendas desde 2000.
A situação levou a ministra da Agricultura,
Renate Kuenast, do partido dos Verdes, a lançar
um programa de fomento aos pequenos
agricultores que trabalham segundo princípios ecológicos.
Os alemães também
descobriram o gosto pelo avestruz. Segundo a
Associação Alemã dos
Criadores de Avestruz, o
consumo cresceu tanto
que, até 2002, o número
de fazendas de criação
da ave, hoje em torno de
150, deve dobrar.
(SILVIA BITTENCOURT)
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