São Paulo, domingo, 13 de maio de 2001


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ALEMANHA

A onda "bio" e o gosto do avestruz

FREE-LANCE PARA A FOLHA, DE BERLIM

A estilista alemã Ute Alberty, 38, já não comia carne. Desde a crise da vaca louca, porém, ela não prepara nenhum tipo de carne nem para os seus filhos. "Carne eles comem na casa dos outros, quando têm vontade", afirma.
Nos almoços, o cardápio dos Alberty é formado basicamente por legumes e verduras, acompanhados de arroz ou batata e salada.
Alberty compra os alimentos principalmente nos chamados mercados "bio" (orgânicos). Estes vendem produtos de pequenos criadores e agricultores que dispensam nas suas fazendas o uso de qualquer produto químico.
Desde a crise da vaca louca e da aftosa, o mercado "bio" cresce na Alemanha. Nunca esteve tão em moda fazer compras nas lojas "bio", que aqui vendem desde alimentos até roupas. Os açougues "bio", por exemplo, duplicaram suas vendas desde 2000.
A situação levou a ministra da Agricultura, Renate Kuenast, do partido dos Verdes, a lançar um programa de fomento aos pequenos agricultores que trabalham segundo princípios ecológicos.
Os alemães também descobriram o gosto pelo avestruz. Segundo a Associação Alemã dos Criadores de Avestruz, o consumo cresceu tanto que, até 2002, o número de fazendas de criação da ave, hoje em torno de 150, deve dobrar.

(SILVIA BITTENCOURT)

Texto Anterior: O medo da comida ao redor do mundo - Irlanda: Pilhas de panfletos em açougues
Próximo Texto: Espanha: "Já esqueci o sabor da carne"
Índice



Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Universo Online ou do detentor do copyright.