São Paulo, domingo, 13 de maio de 2001


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O MEDO DA COMIDA AO REDOR DO MUNDO

"Asado" permanece nas mesas

DE BUENOS AIRES

O argentino parece pouco disposto a abandonar o "asado", como denominam o hábito semanal do churrasco. De acordo com a Central Rural Argentina, os argentinos consomem, em média, 50% mais carne que os brasileiros. E o consumo interno não se retraiu com os novos casos de aftosa.
"Supõe-se que seja uma doença que não contagie. Nós também temos de acreditar que o governo controla a qualidade da carne", diz Virgínia Meneghini, 43, proprietária de um pequeno armazém. Virgínia afirma que a família (o marido e dois filhos pequenos) prepara "asado" ao menos uma vez a cada 15 dias.
"Continuo a comer carne normalmente. As pessoas teriam algum receio se fosse constatado caso de vaca louca", afirma Pablo Schettini, administrador de empresas.
Com o reaparecimento da aftosa, produtores e frigoríficos locais estão expostos a um duro golpe. Em 2000, a Argentina exportou US$ 593 milhões em carne e derivados. Do total, 35% saíram das vendas para a União Européia. Outros 30% foram exportados ao Nafta (EUA, Canadá e México), mercado hoje vetado à Argentina.
De acordo com a Federação Argentina de Trabalhadores da Indústria de Carne, a crise provocada pela aftosa já atingiu 19 estabelecimentos, que empregam 5.743 funcionários.
(JOSÉ ALAN DIAS)


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