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O MEDO DA COMIDA AO REDOR DO MUNDO
"Asado" permanece nas mesas
DE BUENOS AIRES
O argentino parece
pouco disposto a abandonar o "asado", como
denominam o hábito semanal do churrasco. De
acordo com a Central
Rural Argentina, os argentinos consomem, em
média, 50% mais carne
que os brasileiros. E o
consumo interno não se
retraiu com os novos casos de aftosa.
"Supõe-se que seja
uma doença que não
contagie. Nós também
temos de acreditar que o
governo controla a qualidade da carne", diz
Virgínia Meneghini, 43,
proprietária de um pequeno armazém. Virgínia afirma que a família
(o marido e dois filhos
pequenos) prepara "asado" ao menos uma vez a
cada 15 dias.
"Continuo a comer
carne normalmente. As
pessoas teriam algum
receio se fosse constatado caso de vaca louca",
afirma Pablo Schettini,
administrador de empresas.
Com o reaparecimento da aftosa, produtores
e frigoríficos locais estão
expostos a um duro golpe. Em 2000, a Argentina exportou US$ 593
milhões em carne e derivados. Do total, 35% saíram das vendas para a
União Européia. Outros
30% foram exportados
ao Nafta (EUA, Canadá
e México), mercado hoje
vetado à Argentina.
De acordo com a Federação Argentina de
Trabalhadores da Indústria de Carne, a crise
provocada pela aftosa já
atingiu 19 estabelecimentos, que empregam
5.743 funcionários.
(JOSÉ ALAN DIAS)
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