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O DIRETOR Para Andrucha Waddington, “Eu Tu Eles” é o filme que queria fazer da Folha Online Andrucha Waddington disse que quis apenas contar uma boa história. Essa foi sua única intenção, garante, “Eu Tu Eles”. O diretor é categórico ao afirmar que não pensou em fazer um filme panfletário, nem machista, nem feminista, nem comercial, nem maniqueísta, muito menos pensando no Oscar. Por tudo isso, o sucesso de crítica e público, no início, foi uma surpresa para todo o elenco. “Acho que a história de ‘como uma mulher vive com três maridos’ é o único segredo. A própria história o tornou um filme popular”, afirma o diretor. O melhor termômetro -sobre a proporção que o filme poderia tomar- aconteceu durante sua exibição no Festival de Cannes deste ano, na França. “Depois que vi a reação daquelas pessoas, percebi que o filme tem humor sem precisar ter o mocinho ou o bandido caracterizado maniqueistamente. Cada sessão foi dando mais confiança... e o filme virou isso...”, resume Andrucha. A forma sincera em contar uma história e o compromisso em não fazê-lo “comercialmente” pode ter sido um dos trunfos do filme. Sobre a polêmica relação do quarteto amoroso, Andrucha jura que não teve intenção em realizá-la ao colocar nas telas a relação de uma mulher e seus três maridos: “Não é um filme panfletário, não é um filme machista, não é um filme feminista: todas essas questões vieram depois” A História O enredo surgiu após reportagem do Fantástico, na Rede Globo, publicada há cinco anos. Foi publicada pela Folha também. Andrucha percebeu imediatamente que a história “daria um caldo”, como ele mesmo define. O roteiro foi feito em dois anos e, segundo o diretor, o filme foi se afastando da história real. “O atores foram chamados os poucos. De ano em ano eu pensava em alguém. Primeiro chamei Regina, depois o Stênio, depois o Lima e, por fim, o Luz Carlos. O Gilberto Gil entrou para fechar o time.” Durante a leitura do texto é que ocorreu a criação de tudo. “Fomos aperfeiçoando aos poucos, todos juntos”, disse. O Resultado Andrucha afirma que fez o filme que queria. O acaso foi trazendo boas coisas. “Eu Tu Eles”, segundo o diretor, já fez várias incursões pelos vários estilos cinematográficos: desde um western até uma comédia rasgada: “No final, ele voltou à sua origem”. “O sertão é um estado independente no Brasil. A história não tem intenção em debater a relação do homem com o meio ambiente, porque isso “O Grande Sertão Veredas” já fez, e muito bem. Ele fala de uma história de amor atípica”, disse. E o Oscar? “Bem, embora a intenção do filme também não tenha sido prepará-lo para Oscar, se formos escolhidos, será uma honra...” (Cecilia Negrão) Copyright Folha Online. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha Online. |
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