Livraria da Folha

 
28/04/2010 - 21h09

Geração Y já nasce com inglês na ponta da língua e agora quer aprender mandarim

da Livraria da Folha

Divulgação
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Um dos destaques do mês de abril na Livraria da Folha, o livro "Geração Y" chega pela Integrare Editora, que o apresenta como o primeiro título a abordar esse grupo, formado por jovens nascidos a partir da década de 80.

Essa geração (entre 20 e 30 anos) está chegando agora à vida adulta e ao mercado de trabalho e, portanto, começando a interferir de maneira mais direta nos destinos da sociedade. A obra foi escrita pelo consultor em gestão empresarial e desenvolvimento humano, Sidnei Oliveira.

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Sidnei mostra que a primeira --e provavelmente mais famosa-- característica dos jovens da Geração Y é a de ser multitarefa, ou seja, possui a capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo. São precoces, querer o prazer imediato e resolvem seus problemas em um clique.

Leia trecho do livro.

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Geração Y - Nascidos entre 1980 e 1999

O batismo dessa geração se deve a um fato curioso. Quando a antiga União Soviética exercia forte influência sobre países de regime comunista, chegava a definir a primeira letra dos nomes que deveriam ser dados aos bebês nascidos em determinados períodos. Nos anos 1980 e 1990 a letra principal era a Y. Isso realmente não teve muita influência no mundo ocidental e capitalista, mas posteriormente muitos estudiosos adotaram essa letra para designar os jovens nascidos nesse período. Surgiu assim o termo Geração Y.

Esses jovens estão chegando agora à vida adulta e ao mercado de trabalho e, portanto, começando a interferir de maneira mais direta nos destinos da sociedade. São extremamente informados, mas também possuem um componente importante de alienação, pois ainda não conseguem ou não sabem lidar com toda essa informação de forma produtiva.

Eles nasceram de famílias estruturadas em um modelo mais flexível, no qual o convívio com os país é bastante diferente do que havia nas gerações anteriores. Ter pais separados deixou de ser uma raridade para se tornar uma possibilidade sempre presente e, como consequência natural, ter irmãos de pais diferentes não é mais um fato absurdo que se conta de um vizinho ou de um amigo na escola. Agora, um jovem pode ter em sua formação influências múltiplas de pais, tios e avós diversos, não mais apenas de sua estrutura original. E, mesmo quando não tem pais separados, esse jovem tem de aprender e lidar com outra situação: a ausência não apenas do pai mas também de mãe em seu dia a dia.

Ficar longos períodos longe de casa era uma atitude constante dos homens já nas gerações anteriores. Essa atitude sedimentou-se de tal maneira que ser ausente ganhou contornos de comportamento exemplar, pois a ação era justificada como grande esforço dos pais em proporcionar um padrão de vida digno à sua família. Acrescentam-se a esse cenário as revoluções vividas pelas mulheres, que conquistaram maior autonomia. Estabelecendo relacionamentos conjugais muito mais independentes financeira e emocionalmente, elas passaram a priorizar a realização profissional. Ainda assim, abandonar seu papel na família não era uma opção razoável - nem elas estavam dispostas a se omitir como mães.

Isso criou uma circunstância ambígua: as mães procuraram compensar sua ausência oferecendo instrumentos educacionais que levassem os filhos a se tornar mais competitivos no futuro e, apesar de ter a figura materna menos presente, nenhuma geração anterior recebeu tantos cuidados, tantos estímulos e tantas informações que pudessem levar os jovens a uma qualificação mais elevada.

Cada pai e mãe passou a se empenhar com muita energia, buscando proporcionar a seu filho a melhor escola, o melhor curso de línguas, a melhor escola de natação ou futebol, e diversas outras atividades dessa natureza.

Aliás, uma novidade nessa geração ocorre justamente com os cursos de línguas, que antes eram quase que exclusivamente de inglês. Hoje vemos uma grande procura por outras línguas, algumas até exóticas, como o mandarim da China. E se isso acontece não é porque o inglês saiu de moda, mas porque de alguma forma os jovens da Geração Y desenvolveram, espontaneamente, uma grande intimidade com a língua inglesa por outros meios, como os videogames (que em sua maioria apresentam comandos nessa língua), os filmes e as músicas que tocam nos aparelhos domésticos e pessoais. A impressão mais forte que temos é de que eles já nascem sabendo falar inglês.

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"Geração Y"
Autor: Sidnei Oliveira
Editora: Integrare Editora
Páginas: 152
Quanto: R$ 35,00
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha

 
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