08/12/2006
Ibama discute regulamentação da falcoaria
DA EQUIPE DE TREINAMENTO
Falcoeiros e órgãos de preservação ambiental travam uma batalha de argumentos sobre a legalidade ou não da falcoaria. Está em debate no Ibama uma instrução normativa que regulamenta a prática para controle de fauna e reabilitação de aves de rapina, mas há divergências dentro do próprio órgão.
Segundo Marcelo Almeida, analista ambiental do Ibama em Brasília, a intenção é que os falcoeiros sejam divididos em categorias --aprendiz, júnior, sênior e mestre--, e o Ibama componha uma mesa para discutir acordos de cooperação. "Podemos trabalhar no combate à infestação de pombos em galpões de grãos ou praças públicas e usar as aves de rapina nas regiões aeroportuárias", diz Almeida.
A seção do Ibama em São Paulo, porém, coloca dúvidas sobre a eficiência da falcoaria como controle de pragas e considera uma "falácia" o emprego da prática em aeroportos.
O órgão diz que, em 2005, 436 aves de rapina foram apreendidas ou encontradas machucadas.
O falcoeiro Yuri Grecco pede uma chance para colocar a experiência em prática no Brasil. "Está provado que a falcoaria dá certo como controle de fauna. Queremos uma tentativa", afirma.
A caça, a captura, o comércio ou a manutenção em cativeiro de aves de rapina sem autorização são crime --a pena pode ser de seis meses a um ano de detenção. (PA e SC)
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