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11/12/2010

Criação de rotas desafoga grandes terminais

FÁBIO FREITAS
VITOR SION
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As novas rotas criadas por companhias aéreas que não lideram o mercado do setor têm ajudado a desafogar os aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, os mais movimentados do país.

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Essa consequência não era intenção das empresas, mas diminui o número de passageiros e aeronaves nesses centros, afirma Humberto Bettini, economista da Unicamp e pesquisador do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).

Cada rota tem dois tipos de passageiros: os que permanecem no destino do voo e aqueles em trânsito, que irão para uma terceira cidade. Segundo Bettini, as ligações recém-criadas tiram parte desse segundo tipo dos aeroportos centrais.

Entre as linhas que geram o efeito estão Belo Horizonte-Curitiba, coberta por três empresas, e Goiânia-Porto Alegre, por uma.

Com voos diretos saindo da capital mineira, o empresário Lenini Lamounier economiza até duas horas para ir a Porto Alegre ou Campo Grande. Ele diz que é um transtorno quando há escala. "Saio cedo de casa e perco o dia de trabalho."

Já o diretor de política de aviação civil do Ministério da Defesa, Fernando Soares, minimiza esse impacto. "Diminui o tráfego nos aeroportos centrais, mas o crescimento da demanda é mais rápido."

AVIAÇÃO REGIONAL

A criação de novas rotas faz parte do desenvolvimento da aviação regional no país, na medida em que as empresas aéreas buscam mercados pouco atendidos.

A tendência é de crescimento do número de cidades com voos regulares, afirma Soares. De abril a novembro deste ano, o número passou de 121 municípios para 130.

Com o aumento, mais aeroportos são transformados em centros de distribuição de voos, caso de Belo Horizonte e Goiânia. Principais responsáveis pelo fenômeno, as menores companhias ampliaram a participação no mercado de 13,4% para 18% em um ano.

O governo discute criar medidas para estimular o setor, como subsídios para rotas de menor demanda e tarifas especiais em aeroportos de baixa densidade.

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