Turismo

Parati - Caminho do Ouro

Arte/Folha Online

JANAINA FIDALGO
da Folha Online

Embora pareça impossível, há quem não se sinta muito atraído pela bucólica paisagem praiana. Para quem estiver disposto a abrir mão de um dia à beira-mar, Parati tem belas montanhas que podem ser percorridas.

Circundada pela serra da Bocaina, a cidade oferece uma interessante atração, que além de tudo garante uma verdadeira aula de história, o “Caminho do Ouro”.

O passeio na Serra do Facão exige certa dose de esforço físico de quem se propõe a percorrer seus 3 km, mas os mais preguiçosos, ou menos preparados, podem contar com a “ajuda” de cavalos para a subida.

A partida acontece às 10h em frente ao Teatro Espaço, no centro histórico de Parati, e custa R$ 25 por pessoa (mais R$ 10 para quem quiser ir a cavalo). Com seis horas de duração, a primeira parada do passeio é na ruína do que seria a porta de entrada de Parati na época do Brasil Colônia.

Sempre com a companhia de um guia turístico que vai contando a história da rota do ouro, os turistas seguem em viagem de carro pela estrada Parati-Cunha por mais 10 km, rumo ao começo da trilha, onde começa a caminhada ecológica.

A subida, mesmo íngreme, vale pela apreciação da vegetação de Mata Atlântica da Serra do Facão, com suas bromélias e palmitos, e pela surpreendente constatação de como a estrada, toda encravada com grandes pedras, foi bem construída, graças à engenharia portuguesa e ao trabalho escravo.

Algumas partes desde caminho ainda estão escondidas por obra da natureza, que, aos poucos, foi encobrindo novamente o que homem “destruiu” ou “construiu”.

Concluída esta parte do passeio, os visitantes chegam ao Sítio Histórico e Ecológico do Caminho do Ouro (SH-eco), um sítio temático de 23 alqueires. Com mais 800 metros de caminhada, chega-se ao ponto principal do roteiro: as ruínas do que supostamente seria parte da “Casa do Quintos”, criada em 1703, para a cobrança do imposto -um quinto de todo ouro transportado.

Na volta, o visitante pára novamente na sede do sítio, onde pode provar um almoço feito em fogão de lenha (R$ 15 por pessoa) e visitar a cachoeira que fica na propriedade.

Origens

A trilha teria sido usada primeiramente, até 1695, pelos índios Guainás, primeiros moradores de Parati e que deram o nome a cidade, como melhor caminho entre o Rio de Janeiro e São Paulo.

Mas estrada se torna importante apenas na época da exploração do ouro, no final do século 17, quando os colonizadores escoavam a produção de metal pelo porto de Parati -nesta época o segundo mais importante do país, perdendo somente para o do Rio de Janeiro.

O “Caminho do Ouro” foi sendo preterido aos poucos, a partir de 1767, em razão da abertura de uma nova rota, que ligava Minas Gerais ao Rio. Diante desta nova realidade, o antigo caminho passou a ser usado só para o transporte de escravos e para o escoamento da produção de café das fazendas do Vale do Paraíba.

O surgimento da estrada de ferro em Guaratinguetá, em 1877, e o fim da escravidão, em 1888, decretaram o fim do antigo “Caminho do Ouro”.

FAÇA UM TOUR VIRTUAL PELA ARQUITETURA DE PARATI (RJ)
FAÇA UM TOUR VIRTUAL PELAS PRAIAS DE PARATI (RJ)
FAÇA UM TOUR VIRTUAL POR OUTRAS ATRAÇÕES DE PARATI (RJ)

Consulte também:

  • Parques, praias e ilhas
  • Festas Populares
  • Teatro de bonecos
  • Onde comer
  • Onde ficar
  • Dicas

    Leia também:
  • Parati troca estrelas por peixes em hotéis e cria selo GLS
  •  

    FolhaShop

    Digite produto
    ou marca