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Salvador - Gregório de Matos

RENATO ROSCHEL
do Banco de Dados

O misterioso poeta Gregório de Matos Guerra é um pedaço importante da história da cidade de Salvador. O poeta brasileiro que cantou as musas, as mulatas e as freirinhas brasileiras, nasceu na capital baiana em 1633, filho de uma família abastada.

Em 1650, aos 14 anos, foi para Coimbra, Portugal, estudar leis, chegando a exercer um cargo na magistratura Portuguesa, mas não se adaptou à vida na Corte.

Retornou ao Brasil e à Bahia após tornar-se viúvo de sua primeira esposa, D. Michaella de Andrade, por volta de 1683 - segundo o estudioso Fernando da Rocha Peres.

Seu retorno à Bahia é marcado por vários episódios complicados, estudos afirmam que ele teria se envolvido em um assassinato e sido pai de uma menina - fora do seu segundo casamento.

Entre os fatos que mais marcaram sua nova estada na Bahia, seu segundo casamento com Maria dos Povos é um dos mais citados. Suas brigas com a esposa, segundo a biografia de Manuel Pereira Rabelo, davam-se por causa da falta de "pão" (dinheiro) em casa, haja visto que Gregório de Matos vivia descuidadamente ausente de seus deveres conjugais, sempre metido em festas em companhia de amigos como Thomaz Pinto Brandão, e sempre farreando com mulatas e negras.

Boêmio contumaz, mulherengo e irreverente, o "Boca do Inferno" não perdoava nem o aleijado governador geral da Bahia, Antônio de Souza Meneses, que havia perdido um braço em uma batalha naval de 1640, e era descrito nos poemas de Gregório como o Braço de Prata.

A pena satírica de Gregório de Matos servia-se até do governador aleijão para seus motivos poéticos. Porém Gregório de Matos não foi apenas o criador de coruscantes versos, que acabariam lhe rendendo a alcunha de Boca do Inferno. Considerado o primeiro grande poeta brasileiro, criou também uma importantíssima obra sacra.

Só que com sua veia satírica, o Boca do Inferno tanto fez que as autoridades Soteropolitanas (termo por ele criado) acabaram o deportando para Angola, mais precisamente para a cidade de Luanda.

Gregório só retornaria ao Brasil, em 1696, no final de sua vida, mas não para a Bahia, e sim para o Recife, mais precisamente Pernambuco, onde morreu e foi enterrado como indigente.

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