Caconde - Canyoning: Vencendo o medo de estar com a vida por um fio
FERNANDO CAMINATI
da Folha Online
O grande desafio do canyoning é se arriscar na descida de uma cachoeira e colocar a vida por um fio. Literalmente.
Com o corpo suspenso na altura da cintura por uma corda ancorada no topo da cachoeira, o praticante deve descer a encosta da queda d’água, como se estivesse caminhando de costas para o solo. A corda corre por dentro de uma argola (chamada oito) e presa ao cinturão do praticante (a cadeirinha), por um mosquetão.
Uma mão controla a liberação de corda _embaixo do corpo, na altura da cintura_, permitindo a movimentação. Dessa forma, é a própria pessoa que controla a descida, liberando mais ou menos corda.
A outra mão não é tão fundamental e os praticantes acabam segurando a parte tensionada da corda mais por uma questão de conforto.
Portanto o equilíbrio do corpo é fundamental, e a posição mais propícia para a prática do esporte pede que as pernas formem um ângulo de 90 graus com a parede.
Como não é a força dos pés contra a parede, nem a mão na corda que garantem que o corpo não caia, quanto mais projetado para trás o tronco estiver, melhor será a descida.
É aí que entra o risco, pois a tendência natural seria querer ficar com o corpo mais próximo da parede. Só que desta maneira, o praticante não terá equilíbrio para descer e poderá cair de peito no paredão, podendo perder estabilidade.
Há que se condicionar durante a descida, para projetar o corpo para trás, contra o medo daquilo que aparenta ser o mais perigoso, soltar-se em direção ao solo, mas que é, na verdade, o que garante a segurança do esporte.
Este é o grande barato do canyoning: a superação do medo de estar pendurado a 30, 40 m de altura, e de vencer a força da queda d’água, para poder desfrutar do prazer de estar integrado com a natureza e desafiando seus próprios limites.
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