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Paris, quarteirão por quarteirão

João Bittar/Folha Imagem   João Bittar/Folha Imagem   João Bittar/Folha Imagem
   
Rue de Rivoli, próximo ao Museu do Louvre   Carrossel em parque; ao fundo, a Torre Eiffel   Catedral de Notre Dame

Torre Eiffel
O melhor ponto para se observar e tirar fotografias da Torre Eiffel é partindo dos jardins e espelhos d’água do Trocadeiro. No verão, turistas descolados de todo o mundo costumam tomar banho no chafariz, como menino de rua da Praça da Sé! Resista à tentação de "escalar" a torre, se estiver lotada. É puro sofrimento. Paris vista do tão alto é decepcionante, principalmente porque seu mais belo cartão postal - a torre Eiffel - não pode ser vista do alto de si mesma!

Île de la Cité
Visite a catedral de Notre Dame, marco de peregrinação do mundo medieval desde o século 12. Na frente da Notre Dame, desça até a cripta onde estão as primeiras pedras de Paris, do tempo dos romanos. Ainda na Île, confira a Sainte Chapelle, dentro do Palais de Justice, de longe a capela mais bonita de Paris, hoje transformada em museu.

Atrás da Notre Dame, repousa calmamente a Île de Saint Louis, que ainda se conserva como uma área residencial do interior da França.

Centre George Pompidou
O Centre George Pompidou, fechado até o final de 1999 para reformas, já vale pela arquitetura futurista, com seus tubos coloridos aparecendo do lado de fora do prédio. Ele abriga uma completíssima biblioteca, com centro com laboratórios para estudo de línguas vivas. É nessa biblioteca que os jovens parisienses estudam para o "Bac", um exame nacional que funciona como um vestibular unificado. O hall central abriga sempre uma exposição faraônica de escultura, além de outras de fotografia, posters, mostras de cinema alternativo e o badaladíssimo Museu de Arte Moderna, com várias obras de artistas brasileiros.

Le Marais
O bairro Le Marais faz parte do patrimônio histórico da Unesco. Já foi moradia de músicos, artistas, judeus, e hoje abriga a comunidade gay de Paris. O ar decadente dos casarões antigos faz do bairro o mais charmoso da cidade.

Bastille
Mais adiante, chegamos à Bastilha, onde ficava a prisão política do império francês. A queda da Bastilha, no 14 de Julho de 1789, ainda hoje é comemorada como o principal feriado francês. Estando em Paris no "14-juillet", comemore a "date nacionale" num baile no Corpo de Bombeiros.

Quartier Latin
No lado direito do rio Sena, o Quartier Latin ainda se conserva como área de estudantes e intelectuais. Os bulevares Saint Michel e Saint Germain abrigam os bistrôs mais queridos da boêmia francesa. O mais famoso é o Café de Flore (172, Boulevar Saint Germain, metrô Odéon) onde a turma de Jean-Paul Sartre se reunia.

Não deixe de tomar sorvete próximo à Fontana Saint Michel, a segunda mais charmosa do mundo, depois da Fontana di Trevi, em Roma. Ainda no Quartier Latin, tome um chá de menta na Mesquita de Paris (metrô Censier-Daubeton) e visite o Instituto do Mundo Árabe (metrô Jussieu).

Também está no Quartier Latin a Sorbonne, uma das mais antigas e respeitadas universidades do mundo. Foi da Sorbonne que os estudantes franceses coordenaram as Barricadas de Paris em 1968, que mudaram todo o sistema educacional francês, derrubaram o presidente Charles de Gaulle e inspiraram estudantes de todo o mundo pela causa revolucionária.

Visite o Panthéon (metrô Luxemburgo) onde estão sepultados os maiores orgulhos da pátria francesa: Rousseau, Voltaire, Victor Hugo, Louis Braille, Émile Zola. Passeie pelo Jardim de Luxemburgo, que tem, ao fundo, o Senado Francês.

A Igreja Saint Germain des Prés é um palco privilegiado da música sacra e conta a história de Paris desde o século 8, época da resistência às invasões normandas.


Septième e Montparnasse
Septième é o lugar da burguesia parisiense, que também abriga consulados e a sede mundial da Unesco. O bairro tem também o Hôtel des Invalides, a École Militaire e o Musée des Armées, onde está exposto o caixão de Napoleão. O Montparnasse é um misto de Quartier Latin e Septième, um bairro classe média, com uma importante vida noturna.

Cemitério do Père Lachaise
É de longe o cemitério mais alegre do mundo. Namorados fazem passeios românticos entre os túmulos, e adolescentes até costumam fazer piquenique por lá.

Entre os túmulos mais freqüentados estão o de Jim Morrison, Allan Kardec, Balzac, La Fontaine, Molière, Sarah Bernhardt, Proust, Oscar Wilde, Danton, Edith Piaf, Irmãos Lumiére, Isadora Duncan, Chopin e muitos outros. Visite as celebridades, mas não se esqueça de que você ainda está em um cemitério.

La Defense
Uma área futurística patrocinada pelas principais multinacionais francesas, que instalaram seus escritórios no bairro. Confira o moderno arco do triunfo, o Grand Arch de La Defense, seus espelhos d’água e esculturas malucas.

O bairro como um todo foi um dos maiores equívocos do governo Miterrand que não conseguiu levar a alegria de Paris até lá. Existem ainda muitos escritórios e prédios vagos.

Grand Bibliotèque de France
Grand Bibliotèque de France (metrô Quay de la Gare), outro dos fiascos do governo Miterrand. Toda construída em vidro, a grande biblioteca é absurdamente exposta ao sol, que estraga os livros. Foi preciso construir um sistema de tapumes para impedir o amarelameto dos livros. Os livros são guardados em quatro torres, onde os usuários devem retirá-los para usá-los na sala de leitura subterrânea. É uma operação complicadíssima, inviável, que só dificulta a operação da biblioteca. Em todo o caso, o investimento em bibliotecas é sempre louvável.

Bateau Mouche
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Ancoradouro de onde parte o Bateau Mouche, em Paris

Passeie de Bateau Mouche sob as pontes de Paris. Certifique-se de que o bateau passe sob o (ponte é masculino em francês) Pont Mirabeau, a mais bela e fora de mão de Paris. Vá também a Bois de Bologne (metrô Bologne, Porte Dauphine, Porte Maillot).

Fora de Paris
Versailles (estação de trem Versailles). Sede da sofisticadíssima corte francesa de Luís 15. É um dos palácios mais ricos do mundo, que mostra até onde o luxo e a ostentação chegaram na França pré-revolucionária.

Consulte também:
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