São Paulo, domingo, 2 de janeiro de 1994
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É preciso deixar fluir o que é novo

PAULO COELHO
COLUNISTA DA FOLHA

Na tradição de RAM, os discípulos tiram um dia por ano –ou um final de semana, se for necessário– para entrar em contato com os objetos de sua casa. Tocam cada coisa e perguntam em voz alta: "Eu preciso realmente disto?" Pegam os livros na estante: "Vou reler este livro algum dia?" Olham as recordações que guardaram: "Ainda considero importante o momento que este objeto me faz lembrar?" Abrem todos os armários: "Há quanto tempo tenho isto e não usei? Será que vou precisar mesmo?"
As coisas têm energia própria. Quando não utilizadas, terminam se transformando em água parada dentro de casa –um bom lugar para mosquitos e podridão. É preciso estar atento, deixar esta energia fluir livremente. Se você mantém o que é velho, o novo não tem espaço para manifestar-se.

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