São Paulo, quarta-feira, 5 de janeiro de 1994 |
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França discute direito à gravidez tardia
FERNANDA SCALZO
Motivado pelos casos deste fim de ano (a inglesa de 59 anos que deu à luz gêmeos e a italiana negra que teve um filho branco), o ministro Douste-Blazy, na verdade, só chamou a atenção para uma prática que já existe na França. Todas as clínicas de fecundação "in vitro" no país limitam-se a atender "casais em idade de procriação". Também o projeto de lei que será examinado este mês pelo Senado francês estabelece que "para se beneficiar de um tratamento médico de reprodução assistida, a mulher deve estar em idade de procriar". Respondendo à sugestão do ministro Douste-Blazy, a ministra da Ação Social Simone Veil declarou ontem que o projeto de lei já estabelece "regras bastante severas" quanto à procriação. A pasta da Saúde é subordinada ao ministério de Veil e ela parece não querer pôr lenha na fogueira da discussão sobre o projeto de lei –já aprovado pela Assembléia em novembro– que regulamenta todos os aspectos da fecundação "in vitro". Mas a polêmica já foi lançada. Tanto o "Libération" como o "Le Monde", os dois mais importantes jornais franceses, fizeram saber por editoriais ou artigos que, dos males sociais que podem advir das técnicas de fecundação "in vitro", o da mãe idosa é o menor. Embora a França aguarde a decisão do Senado para pôr em prática a primeira regulamentação completa sobre a bioética, diversos comitês médicos sempre seguiram de perto as técnicas de procriação. Eles proíbem a fecundação tanto em "mães de aluguel" como em mulheres homossexuais ou solteiras. Texto Anterior: Governo britânico não permite inseminação de óvulos de fetos Próximo Texto: Videogame afeta visão de 60% dos colegiais do Japão Índice |
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