São Paulo, quarta-feira, 12 de janeiro de 1994
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Britto é o preferido da cúpula do PMDB para Presidência

JOSIAS DE SOUZA
DIRETOR-EXECUTIVO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-ministro Antônio Britto é o candidato preferido do PMDB à Presidência da República. Pesquisa feita ontem pelo Datafolha junto à cúpula dirigente e às bancadas do partido na Câmara e no Senado mostra que 35% dos peemedebistas ouvidos querem que o partido lance Britto para concorrer à sucessão de Itamar Franco. O ex-governador Orestes Quércia aparece em segundo lugar, bem abaixo, com apenas 10% da preferência.
A pesquisa, feita durante reunião dos peemedebistas em Brasília, abala a suposição de que Quércia domine a máquina partidária. No último final de semana, em entrevista à Folha, Quércia insinuou-se como candidato e desdenhou das chances de Britto: "É muito cedo para ele", disse. O levantamento demonstra que o partido pensa o contrário.
Compareceram ao encontro de ontem cerca de cem peemedebistas. O Datafolha ouviu 72 pessoas. Os números revelam uma segunda má notícia para Quércia: o senador Pedro Simon (RS) surge em terceiro lugar na pesquisa, com 6% das preferências, apenas quatro pontos abaixo do ex-governador paulista. Arquiinimigo de Quércia, Simon tende a compor-se com Britto. Somados os percentuais obtidos por ambos, Britto e Simon contam com a preferência de 41% do partido.
Ao lado de Simon, dividindo a terceira colocação, aparece o governador de Goiás, Iris Rezende, com idênticos 6%. Antigo quercista de carteirinha, Rezende está, no momento, indeciso quanto ao nome que irá apoiar. Em seguida, pela ordem, surgem: Roberto Requião, governador do Paraná (3%), outro inimigo de Quércia e, com o mirrado percentual de 1%, o ex-presidente José Sarney, o governador Luiz Antônio Fleury Filho e o deputado Odacir Klein, vice-presidente da CPI do Orçamento.

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