São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 1994
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'Fantasma' de Chiapas coloca a Argentina em estado de alerta

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo argentino anunciou ontem que estava colocando os serviços de segurança civis e militares em estado de alerta. Segundo o ministro da Defesa, Oscar Camilión, o objetivo é impedir a ocorrência de revoltas como a registrada no Estado mexicano de Chiapas. "O presidente está preocupado com a incitação (da revolta no México), que pode gerar violência", disse o ministro da Defesa.
No mês passado, funcionários públicos se rebelaram na Província de Santiago del Estero (norte da Argentina). Foi a rebelião mais violenta desde o início do programa de estabilização econômica e austeridade do ministro Domingo Cavallo (Economia). Esta semana, o ministro da Economia chegou a traçar um paralelo entre as rebeliões argentina e mexicana. Segundo ele, o fracasso em implementar reformas em certas regiões tem produzido campo fértil para a ação de guerrilheiros.
O presidente Carlos Menem convocou na noite de anteontem uma reunião com os chefes das Forças Armadas, os ministros da Defesa, Interior e Relações Exteriores e os diretores dos serviços de inteligência. Na reunião, foram comparadas as situações em Chiapas e Santiago.
Segundo alguns participantes da reunião, as preocupações com a repetição da insurreição de Chiapas na Argentina se devem muito mais à intuição do presidente Menem do que a dados concretos.
Reeleição
O secretário-geral do Partido Justicialista (governo), Alberto Kohan, disse em entrevista ao diário "El Cronista" que é favorável a duas reeleições do presidente Menem. No acordo que havia sido firmado entre o presidente e seu antecessor e líder da oposição, Raúl Alfonsín, para a reforma da Constituição da Argentina previa-se apenas uma reeleição.

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