São Paulo, sábado, 15 de janeiro de 1994
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Ingleses reprimem movimento

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A repressão contra os crusties está pesada. Teme-se uma série de leis para garantir a ordem pública, incluindo a proibição de agrupamentos em áreas rurais, proibição para caravanas acamparem e confisco de aparelhagem de som.
Moradia tradicional dos crusties urbanos, os squats (imóveis vazios invadidos e ocupados, prática legal até pouco tempo na Inglaterra) estão sendo reprimidos. Em dezembro a polícia fechou em Londres o maior da Europa.
Enquanto as novas leis não vem, as atuais vem sendo esmiuçadas para descobrir meios de dificultar a realização de festivais. Eventos são cancelados na última hora com desculpas esfarrapadas como "suspeita do consumo de drogas".
O problema é que a maioria dos ingleses não gosta deles e os generaliza como um bando de parasitas imundos que mamam no seguro-desemprego. E o crusty não está destinado a conquistar simpatia. Afinal, ele se esbalda num grande tabu: sujeira.
Mas a chama crusty está longe de apagar –a natureza móvel deles permite que se adaptem a qualquer lugar. O que a nação crusty quer é o direito de recusar o esquema e tentar de outro jeito.

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