São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
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Consultor cai desmaiado na água e sobrevive

DA REPORTAGEM LOCAL

"Estou com quatro meses de vida", diz Carlos Freitas, 37, sobrevivente de uma queda em uma cachoeira em Gonçalves, na região de São Bento do Sapucaí, sul de Minas Gerais. Freitas, consultor de computação gráfica da MTV, caiu de uma altura de 20 metros, rolando pelas pedras.
Foi no dia 5 de setembro passado. Sua sorte foi ter sido socorrido com rapidez. Caiu desacordado com a cabeça para baixo, dentro d'água, com fratura no ombro e em seis costelas. Uma delas perfurou seu pulmão.
Foi socorrido e levado para Paraisópolis (MG). Uma ambulância o removeu para o Hospital Escola de Itajubá (MG). A viagem demorou quatro horas. No hospital, sofreu duas paradas cardíacas e uma respiratória. A água que penetrou no pulmão provocou-lhe uma pesada infecção. Recuperou-se depois de 20 dias na UTI.
A reconstituição daquela manhã de domingo ele só conseguiu fazer depois que viu as fotografias da viagem. Ele passeava com a filha e um grupo de amigos. "Quis avançar sobre a margem, descer mais um degrau e escorreguei em uma pedra lisa", conta, enquanto mostra as cicatrizes de cortes nos braços e rosto. "Se estivesse sozinho, estava morto. O socorro foi instantâneo", diz.
Freitas avalia que a queda aconteceu também por causa da estafa. "Estava em um processo estressante. Quem vai viajar para descansar não pode ir atrás do perigo", acrescenta. Foi o cansaço, segundo ele, que o impediu de avaliar com exatidão o perigo iminente. Outra causa: a pressa de se aproximar da água, depois de algumas horas de caminhada. "Em lugar perigoso, temos que lembrar de ser cuidadosos", afirma o consultor.

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