São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
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Bom baiano come na 'D. Lurdes'

ADRIANE GRAU
DA REPORTAGEM LOCAL

Bom baiano come na "D. Lurdes'
Uma barraca que só tem acarajé e abará é o ponto de encontro dos baianos de coração que frequentam o centro de São Paulo. "Dona Lurdes", como é conhecida Maria Júlia de Jesus Costa, 40, se veste a caráter e vende 10kg de bolinhos por dia na ladeira da Memória.
"Ela faz acarajé melhor que muita gente em Salvador", diz o engenheiro agrônomo baiano Roberval Dias Torres, 33. Ele trabalha e mora longe do centro, mas não perde a oportunidade de matar a saudade do tempero do nordeste. "Ele sabe pedir do jeito que gosta", resume "Lurdes", enquanto espalha pouca pimenta no acarajé do cliente.
Segundo a baiana, a massa clara fica amarelada porque é frita em óleo de dendê. "Não tem que por farinha de milho nem coloral", diz ela.
Há 20 anos nas ruas, ela já fez ponto na porta da PUC, do Ibirapuera e na Major Quedinho. Aos sábados, fica na rua Benjamin Constant, perto da praça da Sé.
"Aprendi com minha mãe que trabalhava nas ruas de Salvador que a salada e o vatapá têm que estar sempre frescos", conta ela.

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