São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
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'Chefes infernais' aparecem mais em época de recessão

DO 'USA TODAY'

O supervisor que reclama do gasto excessivo de papel higiênico no escritório. O chefe mal-humorado que desconta sua raiva em qualquer um que estiver na frente. A gerente que confere o trabalho dos subordinados com tanta frequência que não os deixa terminarem. Esses tipos são conhecidos. Trata-se dos "chefes infernais", e podem estar tanto no conglomerado multinacional quanto na pequena empresa familiar.
"É assustador o número de pessoas que vão trabalhar desgostosas com seus chefes", diz Jim Miller, dono de uma distribuidora de artigos de escritório nos EUA e autor de um manual sobre como criar um ambiente de trabalho alegre.
O comportamento do "chefe infernal" pode variar de acordo com seu grau de responsabilidade e as condições econômicas. É difícil quantificar os maus chefes no mercado norte-americano, mas os especialistas garantem que eles aumentaram consideravelmente com a recessão econômica e as reestruturações corporativas.
As empresas enxugam, mudam suas estruturas e o gerente de nível médio é esquecido no meio do turbilhão. Ele não sabe se vai ou não perder seu emprego, fica angustiado e acaba aumentando seu controle sobre os funcionários, que, por sua vez, também reagem mal.
Na maioria dos casos, o problema continua dentro da organização, mesmo após um processo de reengenharia, segundo o psiquiatra Gerald Kraines, que comanda o Levinson Institute –uma entidade que ajuda os executivos a desenvolver capacidade de liderança. Kraines acredita que muitas companhias não sabem preparar seus gerentes para as novas funções.
Os especialistas concordam que a incompatibilidade entre chefe e subordinado deve ser resolvida em particular e diplomaticamente. Se for impossível contorná-la, o melhor é procurar outro emprego.

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