São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
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Hillary também está envolvida

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

"O caso Whitewater não é um problema de Bill Clinton; é um problema de Hillary Clinton". A frase, do ex-deputado republicano Vin Weber, atual líder do grupo conservador "Fortaleça a América", parece comprovada pelos fatos que já se conhece do caso.
Hillary e o marido tinham metade das ações da Whitewater. A outra metade era do casal James e Susan McDougal, amigos íntimos dos Clinton. Em 1985, segundo McDougal, o então governador de Arkansas se queixava que as finanças familiares iam mal.
McDougal, "para ajudar a mulher de um amigo", de acordo com ele próprio, contratou o escritório de Hillary, a Rose Law Firm, para representar o seu banco de poupança, o Madison Guaranty, com honorários mensais de US$ 2.000. Hillary foi a advogada que obteve aprovação de órgãos do governo do Arkansas para um pouco usual plano de recapitalização do Madison Guaranty, que seria liquidado pelo governo federal em 89 sob suspeita de fraude.
Embora os Clinton sempre argumentem terem sido sócios passivos na Whitewater, em 88 Hillary enviou carta a McDougal solicitando poderes "para gerenciar e conduzir todos os assuntos" da empresa. Cópia da carta foi obtida e publicada pelo jornal "The Washington Times". Não se sabe se Hillary conseguiu o que queria.
Em 1989, a Rose Law Firm foi contratada pelo governo federal para processar o Madison para recuperar dinheiro de investidores. O governo dos EUA não pode contratar advogados ou contadores contra instituições já representadas por eles. O governo agora investiga se foi enganado. Quem solicitou o caso contra o Madison para a Rose foi Vincent Foster, sócio do escritório, que se matou em julho.(CELS )

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