São Paulo, terça-feira, 18 de janeiro de 1994
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Duelo de estrangeiros é a atração hoje no Ibirapuera

Final reúne quatro jogadores e um técnico dos EUA

DA REPORTAGEM LOCAL

Por mais problemas que tenha, o basquete brasileiro, especificamente o paulista, já não pode prescindir de atletas estrangeiros. Na final de hoje à noite no Ibirapuera, as duas equipes exibem jogadores norte-americanos: o ala/armador Dexter Waine Shouse (30 anos, 1,88 m) e o pivô Harold Clifford Morgan (30 anos, 2,07 m), ambos do Satierf-Sabesp, o ala Jeffty J. Connely (26 anos, 1,96 m) e o armador Billy Ray Law (23 anos, 1,70 m), do Blue Life-Cesp. O time de Rio Claro conta ainda com o técnico Michael Frink.
Mesmo assim, não são só os finalistas que contam com estrangeiros. Um exemplo disso é o Pinheiros, que não conseguiu classificação entre os oito clubes paulistas que participarão da Liga Nacional, mas tem o cestinha do torneio com 600 pontos, o ala/armador Charles Byrd (27 anos, 1,85 m). No total, mais de duas dezenas de estrangeiros atuaram nesta temporada do Paulista, contra 17 atletas que participaram da edição anterior.
Um discurso comum a todos eles é a importância de jogar no Brasil. "É óbvio que os EUA tem o melhor basquete do mundo. Em segundo plano, podemos colocar Espanha e Itália. Logo depois, o Brasil. Ter o quarto basquete do mundo não é pouco", diz Frink, que trabalhou 16 anos nos EUA, 7 na Europa, 4 no Canadá e está em seu terceiro de Brasil.
Dexter, um dos estrangeiros mais festejados, concorda. "O basquete, principalmente o paulista, é muito forte, mais do que consideram os próprios brasileiros", afirma o jogador, que pensa em parar de jogar. "Estou cansado e preciso cuidar dos meus negócios nos EUA e Europa. Como jogador, acho que só me faltam os títulos de 94 e já posso me aposentar."
Dexter não fez muita questão de se adaptar no Brasil. Até para se comunicar, prefere o inglês, apesar de já estar em sua segunda temporada no país. Seu companheiro de equipe, no entanto, Cliff Morgan, já não afasta a possibilidade de ficar. "Tenho muitos amigos e sou feliz aqui", diz o pivô numa mistura de português, espanhol e inglês.
Outro que se adaptou bem ao Brasil é o ala Jeffty, do Rio Claro. Participou em duas temporadas da Liga Nacional pelo Minas Tênis Clube e diz gostar do país. "Vou aos EUA só para passar férias", diz.

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