São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 1994 |
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Brizola distribui vídeo com sua biografia
DA SUCURSAL DO RIO O governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola (PDT), 72, iniciou oficialmente sua campanha à Presidência da República distribuindo, em todo país, 2.000 cópias de um vídeo com sua biografia. A estratégia de campanha é conquistar adeptos ao antigo slogan "Quem conhece o Brizola vota no Brizola".Nas eleições de outubro próximo, o discurso do candidato pedetista será inspirado, como ele mesmo diz, na forma de governar do presidente Getúlio Vargas: "Eu vou fazer uma política social apoiada pelos conservadores". O vídeo, feito pela produtora Intervídeo, de propriedade do secretário estadual de Meio Ambiente, Roberto D'Avila, tem 42 minutos de duração e está sendo distribuído a todos os diretórios do PDT e militantes do partido ao preço simbólico de CR$ 1.000. "Coerência e Coragem", o nome oficial da biografia, foi feita com trechos de entrevistas dadas por Brizola, intercaladas por fatos históricos dos quais ele participou e por depoimentos de pessoas conhecidas, como o presidente de Portugal, Mário Soares, o presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), jornalista Barbosa Lima Sobrinho, e o historiador Hélio Silva. No vídeo, Brizola tenta afastar o rótulo de "radical" conferido a ele por alguns setores da política nacional. Nesta trajetória, a produção da Intervídeo conta como foi a administração brizolista no Rio Grande do Sul (de 1959 a 1962) com ênfase na desapropriação, pelo governo estadual, de duas empresas norte-americanas –ITT (International Telephone and Telegraph) e American and Foreign Company. "Esta campanha foi o ponto de partida para uma espécie de veto que daí por diante se generalizou por todos os meios políticos contra o nome e as iniciativas de Brizola", diz, em seu depoimento, Barbosa Lima Sobrinho. No vídeo, os organizadores da campanha de Brizola narram o papel do candidato pedetista na tentativa de impedir o movimento militar de 64. A idéia é mostrar que todas as suas iniciativas passam pelo respeito às leis. Alianças Brizola propôs ontem uma ampla aliança dos partidos de centro-esquerda em torno de um programa de governo "claro e definido". Para Brizola, a coalizão de PMDB, PSDB, PTB e PDT "não tem sentido" se pensada em razão de nomes, "a favor ou contra alguém". O governador concedeu entrevista à rádio Tupi do Rio. Texto Anterior: Segurança de Lula barra jornalistas Próximo Texto: Publicidade recebe US$ 32 mi Índice |
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