São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 1994 |
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Governo adia a revisão em troca de apoio ao Plano FHC
TALES FARIA; GABRIELA WOLTHERS
O líder do PFL, Luís Eduardo Magalhães (BA), disse que, com o acordo, só após o Carnaval se conseguirá votar "matérias importantes" na revisão. "Perdemos pelo menos um mês de revisão", protestou Luís Eduardo. O relator da revisão, deputado Nelson Jobim (PMDB-RS), esperava começar ontem o processo de votação do Congresso revisor. A pauta se referia aos quatro primeiros artigos da Constituição. Ele também pretendia votar um requerimento de preferência que permitiria o início da votação sobre as reformas políticas. Mas o presidente do Congresso, senador Humberto Lucena (PMDB-PB), acatando acordo do governo com os "contras" e a pedido do líder do PSDB, senador Mário Covas (SP), decidiu suspender a sessão da revisão às 14h para dar lugar à votação das MPs. Os "contras" são os partidos que não querem a realização da revisão em 1994. O movimento reúne PDT, PT, PC do B e PSB. Segundo o líder do PDT na Câmara, Luiz Salomão (RJ), foi nesse momento que Luiz Carlos lhe propôs o acordo: "Ele viu que os partidos de direita não apoiavam as MPs e iam deixá-lo pendurado na brocha. Aí argumentou que se ajudássemos nas MPs o governo apoiaria a suspensão da sessão do Congresso revisor." Salomão afirma que o acordo da Linha Vermelha já havia sido fechado na noite de anteontem. Luiz Carlos Santos não vê problemas no atraso. "Eu sou revisionista. Mas hoje (ontem) as MPs eram mais importantes. Se a revisão ficar para depois do Carnaval, tudo bem." Texto Anterior: Afago no ego Próximo Texto: Manifestação anti-revisão interrompe a Rio-Niterói Índice |
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