São Paulo, domingo, 2 de outubro de 1994
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Prejuízo não justifica venda, diz secretário

ANTONIO ROCHA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A venda do Pacaembu é questionada dentro da própria prefeitura. O secretário municipal de Esportes, Lazer e Recreação, José Eduardo Mesquita Pimenta –a quem a administração do estádio está subordinada–, diz que o problema dos prejuízos tem solução.
Pimenta, 56, disse que no início do Campeonato Brasileiro, em agosto, a secretaria baixou portaria que faz cumprir um decreto anterior da prefeitura sobre a distribuição da arrecadação do estádio.
Segundo o secretário, antes da portaria, os recursos não ficavam com o Pacaembu. Iam para a Secretaria das Finanças, que depois distribuía o dinheiro.
"O decreto permite que, em vez de receber em dinheiro, o estádio receba as verbas em benfeitorias a partir de concorrências públicas. Até o ano que vem vamos acabar com os prejuízos", disse Pimenta.
Ele afirmou que, se o motivo for o vermelho nas contas, não é necessário vender o estádio. "Se o Pacaembu não for privatizado, vamos mantê-lo sem tirar dinheiro da prefeitura", disse.
Para conseguir seu objetivo, Pimenta pretende promover outros eventos para arrecadar dinheiro, como shows ou competições.
Seraphim Carlos Del Grande, vice-presidente de futebol do Palmeiras, e o arquiteto Oscar Bressane, da associação de moradores do Pacaembu, também acham que uma melhor administração poderia reduzir os prejuízos.
"Se a receita do Pacaembu for aplicada no próprio estádio, ele pode se manter", diz Del Grande.
Para Bressane, "o estádio é deficitário por problemas administrativos".(ARF)

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