São Paulo, domingo, 2 de outubro de 1994
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Para especialista, conceito valoriza papel do profissional na empresa

DENISE CHRISPIM MARIN
DA REPORTAGEM LOCAL

O consultor norte-americano Thomas H. Davenport, especialista em tecnologia de informação, acredita que a reengenharia tende a valorizar os profissionais.
Sócio do Center for Information Technology and Strategy da Ernst & Young em Boston (EUA), Davenport esteve no último dia 21 em São Paulo no seminário "Além da Reengenharia - O Novo Mundo da Gestão por Processos", promovido pela TDC e Cincom. No intervalo, ele falou à Folha:

Folha - A reengenharia tornou-se um processo inevitável?
Thomas H. Davenport - Para a grande maioria das empresas norte-americanas, é inevitável. Cerca de 5% delas não necessitam dessas mudanças, como a Motorola, Procter & Gamble e General Electric.
Folha - Como a reengenharia afeta os profissionais?
Davenport - Nas empresas que administram bem as pessoas, a experiência tende a ser positiva. O trabalho de cada um é enriquecido.
As pessoas ganham mais autonomia e um papel mais importante dentro da empresa. Por trazerem melhores resultados, tendem a aumentar suas recompensas.
Mas há empresas que usam o termo reengenharia para justificar cortes. Nesse caso, as pessoas tendem a associá-la com demissão.
Folha - A reengenharia funciona como um processo de "seleção natural", no qual os profissionais menos capacitados e menos adaptados são demitidos?
Davenport - Isso acontece, mas não precisa ser assim. Trata-se de um entendimento superficial da reengenharia, que atinge a maioria dos gerentes.
(DCM)

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