São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994
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Mercado espera alta do juro

FIDEO MIYA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado financeiro reinicia hoje suas operações sob a expectativa da taxa de juros que o Banco Central vai definir para o primeiro dia após as eleições.
Os negócios fechados na sexta-feira passada indicam apostas oscilando entre uma taxa mínima de 5,81% ao mês, utilizada nas operações interbancárias do CDI-over, e máxima de 5,89%, embutida nos contratos futuros.
Essas taxas projetam juros efetivos de, respectivamente, 3,74% e 3,80%, para outubro.
As expectativas do mercado são de que os juros deverão subir ao longo do mês.
O primeiro motivo são as previsões de que a inflação deste mês será maior do que a de setembro, pressionada principalmente pelos aumentos do salário mínimo e dos alimentos ``in natura", com destaque para o feijão e a carne bovina.
Na sexta-feira passada, circularam entre os bancos as projeções de um escritório de consultoria econômica prevendo índices entre 2% e 2,4% para o IPC-r, entre 2,7% e 3,5% para o IPC-Fipe e entre 2,6% e 3,2% para o IGP-M.
O BC não costuma sancionar expectativas de altas de inflação nos juros. Espera dados concretos.
Outro fator de alta dos juros é o compulsório sobre depósitos a prazo, cujo recolhimento foi prorrogado até o final deste mês.

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