São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994
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Projeto eleva a carga fiscal em dois pontos

CLÓVIS ROSSI ; VALDO CRUZ
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA E DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A carga fiscal no Brasil, hoje em torno de 24% do Produto Interno Bruto (PIB, medida da renda nacional), subirá dois ou três pontos percentuais, se o governo FHC conseguir fazer aprovar pelo Congresso a sua idéia para a reforma tributária.
O argumento utilizado pelos peesedebistas em geral é o de que a carga fiscal potencial é bem maior do que os 24%, porque para cada real arrecadado outro é sonegado. Logo, se tudo fosse de fato cobrado, o peso dos impostos se aproximaria de 50% do PIB, um nível escandinavo.
Tão logo termine a apuração, a equipe de FHC, em conjunto com a Fazenda, encomenda um projeto de reforma tributária, cujas linhas básicas já estão definidas.
Um ponto consta até do programa de governo: eliminar a tributação sobre a cesta básica.
Outras diretrizes: desonerar a folha de pagamentos, reduzir a incidência de impostos indiretos e encontrar mecanismos que estimulem as micro e pequenas empresas.
Como impostos criados em um ano só podem ser cobrados no seguinte, Edmar Bacha, assessor especial da Fazenda, tem defendido a prorrogação por mais um ano do IPMF, que acabaria em dezembro.
FHC e Ciro Gomes defenderam tese oposta, mas os R$ 4 bilhões que o IPMF renderá este ano são uma enorme tentação.
(CR e VC)

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