São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994
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Abstenção deve ficar na média, diz TSE

DA REPORTAGEM LOCAL E DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na avaliação do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Sepúlveda Pertence, as eleições transcorreram em calma ``assustadora".
``Podemos comemorar eleições de absoluta e até assustadora normalidade. Tivemos liberdade sem abusos, tanto de parte do povo quanto dos militantes", afirmou Pertence, no início da noite.
O presidente do TSE calcula que apenas em algumas regiões ``que tiveram mau tempo" a abstenção passou da média histórica, em torno de 25%.
Pertence não quis fazer comentários sobre a taxa de abstenção, preferindo aguardar os números oficiais. Afirmou que os maiores problemas devem ocorrer na Amazônia e na região centro-oeste.
Em São Paulo, o presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), Carlos Alberto Ortiz, estimou em 15% o índice de abstenção do Estado.
Às 22h, o TRE informou que na capital as abstenções ficaram em 11,87%, ainda não descontadas as justificações dos ausentes. O Estado de São Paulo tem 19.812.703 eleitores.
No Distrito Federal, a taxa de não comparecimento às urnas deve ser recorde. A estimativa do TRE é de que fique em torno de 30%. Nas eleições de 89, o índice foi de 8,74%.
O corregedor eleitoral do Maranhão, Cleones Cunha, disse acreditar que o índice de abstenção no Estado ficará em torno dos 30%.
O presidente do TRE do Mato Grosso, José Ferreira Leite, afirmou que a taxa de abstenção no Estado deve chegar a 40%. Mato Grosso tem 1.279.042 eleitores.
Leite disse que a chuva que atingiu vários municípios do Estado na parte da tarde pode ter estimulado o eleitor a não votar.
Mas esse não é o único fator para o índice. Para ele, o motivo principal é que os candidatos não conseguiram atrair a atenção e o interesse dos eleitores para essas eleições.
Em Sinop (490 km de Cuiabá), município incluído no roteiro de quase todos os candidatos à Presidência, o índice de abstenção previsto é de 50%. Na cidade, moram 27.953 eleitores.
Em Jaciara (132 km de Cuiabá), a previsão é que apenas 40% dos 12.498 eleitores tenham comparecido às urnas.
A legislação eleitoral prevê a anulação da eleição se o índice de abstenção chegar a 50%.
Em Pernambuco, a taxa de não comparecimento deve ficar entre 15 e 17%, segundo dados da Justiça Eleitoral.

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