São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994 |
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QUEM GANHA E QUEM PERDE NO GOVERNO FHC Agricultura 1) perde no curto prazo, pela concorrência com produtos do Mercosul, indefinição do governo sobre financiamento da comercialização da safra de 95, e pela defasagem cambial que prejudica a exportação. 2) ganha no médio prazo, pelo aumento do mercado consumidor interno graças à estabilização, e pela redução dos impostos sobre produtos da cesta básica. Comércio 1) ganha no curto e médio prazos, por causa da facilitação das importações, pelo aumento do mercado de consumo interno através da estabilização, e pela maior disposição do consumidor em fazer compras a prazo. 2) perde a médio prazo, se não houver uma redução das taxas de juros. Indústria 1) perdem as empresas dos setores atingidos pela redução das alíquotas de importação que não conseguiram se adequar à competitividade internacional. Casos prováveis: setores têxtil, alimentos, veículos, calçados e bens de capital. 2) perdem os setores voltados para a exportação, por causa da defasagem cambial. 3) ganham os setores voltados para bens de consumo de massa. Setor financeiro 1) ganham os bancos financiadores do comércio exterior. 2) ganham os bancos e corretoras que intermediam investimentos estrangeiros em ações no Brasil. 3) ganham os bancos que colocarão papéis brasileiros no exterior. 4) ganham os bancos de investimentos especializados em fusão e incorporação de empresas. 5) ganham as instituições de previdência privada. 6) perdem os bancos oficiais (federais e estaduais) que não se ajustaram para reduzir custos e/ou que foram usados para cobrir rombos dos governos e agora precisam se financiar no mercado pagando altas taxas de juros. Texto Anterior: Centrais já preparam nova onda de greves Próximo Texto: Empresários vão exigir reformas imediatas Índice |
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