São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994
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Petistas vaiam candidato do PL

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato ao senado pelo PL de São Paulo, Romeu Tuma, foi vaiado por militantes do PT e chamado de ``assassino", ontem na avenida Paulista.
Tuma, que estava acompanhado de Barros Munhoz (candidato ao governo pelo PMDB) esperava a chegada do governador Luiz Antonio Fleury, que vota no Colégio Objetivo da Paulista.
Os militantes do PT tentaram cercá-los e começaram as vaias. Tuma se irritou: ``ninguém vai me impedir de passar".
Ora os militantes petistas acusavam Tuma de assassino, ora gritavam em coro ``aa, uu, o assassino do Carandiru".
Cabos eleitorais do PMDB foram chamados para ``proteger" Munhoz e Tuma.
Os simpatizantes do PMDB gritaram mais forte, os petistas desistiram das vaias e se afastaram pouco antes da chegada de Fleury.
O governador se juntou aos candidatos e foi até sua seção eleitoral sem problemas. ``Eleição é isso mesmo", disse o governador.
O candidato ao Senado não respondeu as acusações. ``Não tenho nada a falar sobre isso".
Segundo ele, houve um engano por parte dos petistas. ``Eu não tive participação alguma no episódio do Carandiru", afirmou.
Em 2 de outubro de 92, 111 presos amotinados no presídio do Carandiru (zona norte de São Paulo) foram mortos durante uma invasão da Polícia Militar.

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