São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994 |
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Sarney defende ministério de notáveis
GUSTAVO PATU
A declaração de Sarney coincide com uma tese da cúpula tucana: eleito no primeiro turno, FHC deveria formar um ministério de ``notáveis", retirando o peso dos aliados PFL e PTB do governo. Sarney esclareceu que não está defendendo uma equipe de governo acima dos partidos. ``Os mais capazes estão em partidos", disse. ``Eu não vou indicar ninguém e o Fernando Henrique não deveria aceitar indicação de partido nenhum", afirmou, após votar, ontem pela manhã, em Macapá. Apesar das declarações, a própria coordenação da campanha de FHC prevê que o grupo político de Sarney tenha grande peso no futuro governo, por reunir nomes do PMDB, PFL e siglas menores. Parte do PFL articula a candidatura de Sarney à presidência do Senado e do Congresso. Seria a forma de consolidar a força do partido no Legislativo, por onde passarão as reformas mais importantes pretendidas por FHC. Com esta estratégia, Sarney atrairia o apoio de parte do PMDB às reformas no Congresso. ``O PMDB deve apoiar o governo e a reforma da Constituição, até para dar continuidade ao Plano Real", disse Sarney ontem. ``Quando eu fui presidente, avisei que essa Constituição tornaria o país ingovernável". No Amapá, Sarney apóia a candidatura de Salomão Alcolumbre (PMDB) ao governo do Estado, que pode perder já no primeiro turno para João Alberto Capiberibe (PSB), ex-prefeito de Macapá. Sarney acompanhou Alcolumbre ontem pela manhã, quando o candidato votou em uma escola de Macapá. Na escola, os dois se encontraram com outro candidato ao governo do Estado, o senador Jonas Pinheiro (PTB), e o cumprimentaram. O grupo político de Sarney se prepara para apoiar Pinheiro, caso este chegue ao segundo turno contra Capiberibe. Texto Anterior: Petistas vaiam candidato do PL Próximo Texto: Alencar e Garotinho buscam alianças Índice |
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