São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994
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Público decepciona durante a primeira fase do Mundial

SÉRGIO KRASELIS

Em média, 1.969 pessoas viram cada partida da etapa de classificação
o enviado a Atenas
O público da primeira fase do Campeonato Mundial masculino de vôlei decepcionou.
Com um ginásio em Atenas capaz de receber 16 mil pessoas e outro em Tessalônica preparado para 5.200, os números distribuídos pela Federação Internacional de Vôlei revelam pouco interesse do público local pela competição.
Isto foi visível já no dia da estréia, quando 200 pessoas acompanharam, em Atenas, o jogo Rússia x Argélia.
Com exceção das partidas da equipe anfitriã (15 mil pessoas assistiram, no último sábado, à vitória da Grécia sobre a Rússia), o que se viu até agora foram ginásios vazios.
O total de público que assistiu às 24 primeiras partidas do Mundial de vôlei foi de 47.270 pagantes.
Dividindo-se o número total pela quantidade de partidas, chega-se à média de 1.969 pessoas por jogo. Só o Palácio da Paz e da Amizade, de Atenas, comporta oito vezes mais pagantes.
Nos três jogos que disputou na fase classificatória, a seleção brasileira campeã olímpica, por exemplo, mereceu a atenção de 2.000 pessoas no primeiro jogo, 1.500 no segundo e 2.000 no terceiro.
Nunca é demais lembrar que boa parte destas pertence à torcida organizada do Banco do Brasil, que patrocina a ida, mundo afora, de Dartagnan, o ``torcedor oficial" da seleção brasileira, e sua trupe.
O técnico do Frangosul, Jorge Schmidt, que veio à Grécia para observar jogadores de outras seleções, considera o nível técnico deste Mundial fraco, o que pode explicar a ausência do público nos ginásios gragos.
``Nenhuma equipe apresentou até agora nenhuma novidade", disse Schmidt, que terá o reforço do capitão Carlão em seu time na Liga Nacional da temporada 1994/95.
``Talvez, isto justifique a falta de público", afirmou o treinador, que mostrou interesse pelo atacante grego Tsakiropoulos (25 anos, 2,05 m e 93 kg).
``É um dos bons jogadores que vi atuar neste Mundial. Só lamento não dispor de US$ 120 mil para levá-lo ao Brasil", disse Schmidt.

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