São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994
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Câmara mexicana quer expulsar deputado suspeito de atentado

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Câmara dos Deputados do México vai estudar a expulsão do deputado Manuel Muñoz, acusado de ser o mandante do assassinato do secretário-geral de seu Partido Revolucionário Institucional.
Ele foi envolvido por Jorge González Rodríguez, que confessou cumplicidade no crime.
Francisco Ruiz Massieu estaria em uma lista de ``pessoas importantes do partido que teriam de morrer porque apóiam uma série de medidas para modernizar o país politicamente", diz comunicado da Procuradoria-Geral.
Nomes da suposta lista não foram divulgados. Jorge González afirmou que o crime foi organizado por seu irmão Fernando, por Muñoz e por um ex-dirigente do PRI –atualmente preso–, ligado ao tráfico de drogas.
O crime aumenta as suspeitas de que traficantes e a ala linha-dura do PRI (no governo desde 1929) estejam aliados para impedir reformas no sistema político mexicano.
Este temor havia sido expresso após o assassinato de Luis Donaldo Colosio, primeiro candidato do partido à Presidência, em março.
Ruiz, que foi casado com a irmã do presidente Salinas de Gortari, levou um tiro no pescoço quarta-feira na Cidade do México.
Após fugir da cena do crime, González diz ter recebido telefonema do deputado Muñoz, reclamando que Ruiz estaria apenas ferido.
Vinte minutos depois, segundo o comunicado oficial, ele teria voltado a telefonar para dizer que o secretário-geral do PRI estava morto.

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