São Paulo, quarta-feira, 5 de outubro de 1994 |
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Amin vê tucano refém de aliança Só revisão livrará FHC do `lodaçal', diz NELSON BLECHER
O senador Esperidião Amin, 46, candidato do PPR à Presidência da República, fez essa declaração à Folha ontem, enquanto tomava café da manhã em sua casa à beira-mar, em Florianópolis. Às 9h30 ele havia corrido mais de cinco quilômetros: ``Por causa da campanha, parei de me exercitar. Quero voltar à forma". Amin, que gosta de construir frases de efeito instantâneas, afirma que ``a próxima esquina do Brasil é a reforma constitucional". Foi nesse ponto que questionou a força do tucano FHC para se livrar das ``amarras" da campanha, referindo-se às alianças com o ``clientelismo e o fisiologismo". ``Para escapar do lodaçal que ele não gosta, terá que dar uma de Tarzã e pegar o cipó da revisão constitucional", disse. ``Se conseguir isso ele se firma e até se anistia da acusação de ter se aproveitado do real". O presidente do PPR disse que seu partido, embora não vá aderir incondicionalmente ao novo governo, dará apoio às reformas. Ele sugere que a revisão constitucional seja viabilizada através da aprovação de uma moção que possibilite ao Executivo encaminhar emenda com tramitação prioritária no Congresso. ``Essa eleição marca o fim de Lula. Quércia e Brizola encerraram a carreira. A de Amin está começando", disse o senador, que se declara conformado com a derrota mas espera colher uma chuva de votos em Santa Catarina. Essa hipótese foi endossada sábado passado pela coordenação estadual da campanha de Lula. Segundo o coordenador Francisco Veríssimo, a candidato do PPR poderá ter até 30% dos votos, em razão das bases no meio rural e periferia das cidades. Até às 18h04 de ontem, o candidato do PPR detinha 23,8% dos votos apurados no Estado contra 24,8% de Lula, conforme boletim do TRE. Texto Anterior: Pefelista alerta FHC para conservadores Próximo Texto: Itamar desautoriza articulações Índice |
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